Potencial antimicrobiano de extratos derivados da romã (Punica granatum L.) contra patógenos relacionados à infecção endodôntica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gallas, Júlia Adornes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-15022018-165614/
Resumo: A biodiversidade da flora brasileira abre a possibilidade de estudos com extratos naturais para formulações de soluções irrigantes bactericidas e biocompatíveis para uso na terapia endodontia. Este estudo teve como objetivo analisar o potencial antimicrobiano de extratos da Punica granatum L. (P. granatum) contra micro-organismos presentes nas infecções do sistema de canais radiculares. Foram preparados extratos hidroetanólicos (50% etanol e 50% água) na concentração de 100 mg/mL, a partir da liofilização da casca, folha e semente da P. granatum, contra os seguintes microrganismos: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Enterococcus faecalis e Candida albicans. Os grupos foram distribuídos de acordo com o extrato de P. granatum: G1 etanol 50% (controle positivo), G2 - hipoclorito de sódio 1% (NaOCl) (controle negativo), G3 Extrato da casca, G4 Extrato da folha, G5 Extrato da semente. A capacidade antimicrobiana dos extratos foi avaliada pelo teste de difusão em ágar, concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida/fungicida mínima (CBM/CFM). Os dados, em mm, foram analisados por Analise de Variância e teste de Tukey (p<0,05). Pelo teste de difusão em ágar, verificou-se que, independentemente do micro-organismo, o maior halo de inibição foi encontrado para o controle positivo (30,76 &plusmn; 4,73 a), seguido da casca e folha, que não apresentaram diferença significante entre si (23,32 &plusmn; 3,65 b e 21,08 &plusmn; 2,28 b, respectivamente). A semente apresentou o menor halo de inibição microbiana (17,83 &plusmn; 6,92 c) (p<0,05). Na comparação isolada para cada micro-organismo, os extratos da casca e folha apresentaram atividade antimicrobiana semelhante ao NaOCl para a bactéria S. mutans (p=0,0000), além de exercerem bom efeito antimicrobiano sobre os demais micro-organismos. Para as bactérias E. faecalis e E. coli, os extratos (casca, folha e semente) apresentaram halos de inibição semelhantes entre si (p>0,05), porém inferiores aos obtidos pelo controle positivo. Com relação a CIM e CBM/CFM, encontrou-se efeito bactericida e bacteriostático para todos os extratos. Verificou-se maior zona de inibição para o extrato da casca contra a C. albicans<i/> (CIM = 6,25 mg/mL e CFM = 12,5 mg/mL), seguido da S. aureus (CIM e CBM =12,5 mg/mL). Concluiu-se que, os extratos hidroalcoólicos de P. Granatum L. apresentaram atividade antimicrobiana contra os patógenos orais comuns nas infecções endodontias, com a maior atividade para os obtidos da casca e folha