Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Mello, Alexandre Carneiro Leão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-25102002-095854/
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Resumo: |
Os trabalhos de pesquisa não têm dado ênfase à importância das características morfológicas e fisiológicas relacionadas com a produtividade das plantas forrageiras tropicais sob pastejo. Existe a necessidade de se saber como o dossel forrageiro responde a regimes de desfolha, em termos de morfologia de plantas, estrutura do pasto, arquitetura do dossel e de processos fisiológicos como a fotossíntese, para que estratégias ótimas de colheita via pastejo sejam identificadas. O objetivo deste trabalho foi quantificar respostas morfológicas e fisiológicas de dosséis de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia) sob três intensidades de pastejo, sob lotação rotacionada e irrigação, procurando estabelecer relações causa-efeito não só entre as variáveis estudadas, mas também entre elas e a produção do pasto, medida como acúmulo de massa seca. O experimento foi conduzido na Fazenda Areão da USP/ESALQ, em Piracicaba, SP, em uma área de 4,8 ha de capim Tanzânia. Os tratamentos foram três intensidades de pastejo, aplicados como quantidades de matéria seca verde residual pós-pastejo (T1=1000; T2=2500 e T3=4000 kg MSV ha -1 ), em um delineamento experimental de blocos completos casualizados com quatro repetições. Durante oito ciclos de pastejo (rebrotas de 33 dias após três dias de pastejo em cada ciclo), foram realizadas avaliações de altura média do dossel, índice de área foliar (IAF), interceptação luminosa (IL), ângulos foliares médios, fotossíntese foliar líquida (FFL) e temperatura foliar (TF), em quatro dias dentro do período de rebrota (1, 11, 22 e 33 dias após a saída dos animais). A massa de forragem foi estimada pré- e pós-pastejo em um experimento acompanhante e, com os valores de massa, foram calculados o acúmulo e a taxa de acúmulo de forragem. Calibrações de massa versus altura do dossel nessas datas, foram usadas para estimar as massas nos quatro momentos do período de rebrota. A análise de correlações parciais indicou correlações entre altura e MF, altura e IL, IAF e IL, e ângulos foliares e MF. Com o progresso da estação de pastejo, da primavera-verão para outono-inverno houve reduções nas taxas de FFL, TF e IAF médio. Valores médios de IAF crítico (95% IL) foram de 3,3 (T1), 3,8 (T2) e 4,2 (T3), alcançados por volta do 22 o dia das rebrotas. Não houve diferença entre tratamentos para taxa de acúmulo líquido de forragem (média = 88,7 kg MS ha -1 d -1 ) nem para acúmulo total de forragem (média = 21652 kg MS ha -1 acumulado nos 8 ciclos de pastejo). A maior intensidade de pastejo (menor resíduo) alterou a estrutura da pastagem no que diz respeito à arquitetura do dossel, evidenciada pela redução nos ângulos foliares médios (folhas mais planas) ao longo das estações, com plantas passando a interceptar mais luz por unidade de área foliar. Os IAFs críticos medidos sugerem a necessidade de períodos de descanso relativamente curtos em pastos de capim Tanzânia, submetidos a pastejo intensivo sob lotação rotacionada e irrigação. A maior intensidade de pastejo também não causou depressão no vigor de rebrota medido como a taxa de acúmulo líquido de forragem. É necessário, entretanto, avaliar a persistência e perenidade de pastagens de capim Tanzânia manejadas com altas intensidades de pastejo, a longo prazo. O manejo da pastagem em sistemas intensivos de produção, deve buscar níveis de resíduos pós-pastejo que permitam altas taxas iniciais de acúmulo líquido de forragem. |