Estudo da eficiência de dois métodos de amostragem de árvores de rua na cidade de São Carlos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Rachid, Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-122859/
Resumo: Este trabalho teve o objetivo de comparar dois métodos de amostragem de árvores de rua a fim de identificar qual o mais eficiente para a cidade de São Carlos. Para isso foi feito o levantamento qualitativo e quantitativo das árvores do sistema viário da área urbana da cidade, empregando-se a amostragem casual simples e a amostragem estratificada por nível sócio-econômico da população. A cidade foi dividida em cinco estratos, identificados por cores, que variaram do azul - com maior porcentagem de chefes de família ganhando acima de 20 salários-mínimos - ao vermelho - que abrigava a maioria dos bairros mais pobre - passando pelo verde, pelo amarelo e pelo laranja. Para estimar o parâmetro populacional que representa a abundância de árvores foram usadas duas variáveis: o "número de árvores por quilômetro de calçada" e o "número de árvores por hectare". Dos 2.438 quarteirões que compunham a área de estudo, 10% foram sorteados para constituir a amostra, tanto do método casual simples quanto de cada um dos estratos. De cada unidade amostral selecionada eram anotados o total de quilômetros de calçada, a área por ela ocupada, o número de elementos (plantas vivas, plantas mortas e covas sem planta) existente e suas características. Verificou-se que os dois métodos foram eficientes para fazer o levantamento de árvores de ruas na cidade de São Carlos, mas deu-se preferência à amostragem casual simples, uma vez que o ganho em precisão obtido com a estratificação foi muito pequeno. Entre as duas variáveis principais testadas deu-se preferência ao "número de árvores por quilômetro de calçada", por ser de manuseio mais simples. Dos elementos medidos na amostragem casual simples 83,20% eram plantas vivas, 7,84% eram plantas mortas e 8,96% eram covas abertas mas sem árvore. Das plantas vivas, 40,15% atrapalhavam a passagem de pedestres e/ou veículos, 59,81 % tinham copa com aspecto sadio, 72,65% tinham raízes que ainda não estavam estragando a calçada, 32,55% eram inadequadas para o local onde estavam plantadas, apenas 21,91% tinham boa área livre ao redor do tronco, 47,83% estavam sob fios, 72,61% estavam sadias, 23,81% tiveram problemas de poda, 2,36% estavam doentes e 2,23% tinham praga. As cinco espécies mais freqüentes foram Michelia champaca (magnólia amarela), Murraya paniculata (falsa-murta), Schinus molle (aroeira-salsa), Caesalpinia peltophoroides (sibipiruna) e Bauhinia variegata (pata-de-vaca). Michelia champaca e Murraya paniculata também foram as duas espécies mais freqüentes em cada um dos cinco estratos. As principais observações obtidas para cada estrato foram: - azul - estrato com a maior porcentagem de plantas com problemas de poda (24,69%) e com a maior porcentagem de mudas (9,26% ); - verde - estrato com a maior porcentagem de plantas acima de 8,20 metros de altura (6,73%) e de plantas mortas (10,82%); - amarelo - estrato com a maior média de comprimento de quadras - 121, 03 metros - e com a menor largura média de calçada, 2, 17 metros; - laranja - estrato que apresentou a maior porcentagem de quadras ocupadas com escolas (5,5%) e a menor porcentagem de plantas frutíferas (0,89%); - vermelho - estrato que possuía a maior porcentagem de plantas adequadas ao local do plantio (60,88%) e a menor média de DAP, 10,97 centímetros.