Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes Junior, Joao Gilberto Belvel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2131/tde-02052021-214531/
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Resumo: |
Esta dissertação toma o caso da jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo sobre a eficácia das restrições urbanísticas convencionais de loteamentos como laboratório a partir do qual averigua as possibilidades de autonomia epistemológica e normativa do Direito Civil, assim como as suas potencialidades políticas no processo democrático. Foram analisadas, quantitativa e qualitativamente, todas as decisões judiciais produzidas pela Corte sobre o assunto entre os anos de 2006 e 2016. Os resultados da análise foram codificados em três modelos típicos de decisão os quais, durante o período, orientaram os julgadores do TJ-SP. Mostrou-se que estes modelos convivem na jurisprudência do Tribunal em equilíbrio dinâmico, o que revela os contornos de um debate político e jurídico que ainda está em andamento e que se itera em múltiplas arenas de disputa agonística, determinando muitas vezes os contornos dos regulamentos sócio-espaciais concretos das cidades paulistas e de seus bairros. O caso dos \"bairros-jardim\" da capital de São Paulo, sobre os quais foi feita uma análise genealógica, é utilizado como parâmetro a partir do qual estas arenas foram mapeadas e as relações entre elas foram estabelecidas. Neste debate, o Direito Privado, e especialmente o Direito Civil, surge como a disciplina capaz de traduzir os interesses pertinentes aos diferentes modos de vida urbanos para a gramática e para a linguagem do Direito, confrontando-se com o Direito Público estatal de maneira dialógica, através da oposição entre aquilo a que se chamou de um binômio entre \"dogmáticas ascendentes\" e \"dogmáticas descendentes\". Conclui-se que o Direito Civil, desde que a sua autonomia seja garantida e que ele se apegue à codificação das práticas locais e cotidianas e suas simbolizações, atua como um dos instrumentos de consensualização do processo democrático |