Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Mendoza, Isabel Yovana Quispe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15012007-122326/
|
Resumo: |
Este estudo tem como objetivos, identificar os fatores de risco de maior incidência no paciente idoso cirúrgico nos períodos pré-operatório e intra-operatório, identificar as complicações mais freqüentes no paciente idoso cirúrgico no período de recuperação pós-anestésica e relacionar as complicações mais freqüentes do paciente idoso cirúrgico no período de recuperação pós-anestésica aos fatores de risco de maior incidência do paciente idoso cirúrgico nos períodos pré-operatório e intra-operatório. A amostra foi constituído por 110 prontuários de pacientes idosos submetidos a cirurgia durante o ano 2004, que obedeciam os seguintes critérios de inclusão: idosos de ambos sexos, idosos submetidos a cirurgias eletivas, de emergência e urgência. Procedeu-se à coleta de dados, utilizando-se um formulário, a fim de contemplar os objetivos deste estudo. Os resultados mostraram que, 62 (56,4%) eram do sexo masculino; 63 (57,3%) pacientes estavam na faixa etária de 70 a 79 anos; 36 (32,7%) com hipertensão arterial sistêmica; 66 (60%) classificados como ASA II. Referente a fatores de risco relacionado ao período intraoperatório, em 69 (62,7%) pacientes o tempo de cirurgia foi inferior a três horas; 90 pacientes (81,8%) foram posicionados em decúbito dorsal horizontal na mesa cirúrgica; 59 pacientes (53,6%) foram submetidos à cirurgia abdominal e 56 (50,9%) idosos foram submetidos à anestesia geral. Quanto às complicações na sala de recuperação pós-anestésica: (55,5%) apresentaram hipotermia, 48 (43,6%) dor e 40 (36,4%) desenvolveram hipertensão arterial no período pós-operatório. De acordo com os resultados da análise de regressão logística, o sexo masculino e feminino apresentou associação estatisticamente significante com todas as complicações na sala recuperação pós-anestésica, evidenciou-se, maior associação entre os idosos de 70 a 79 anos com a apresentação de dispnéia (OR= 2,78) e idosos de 80 a 89 anos apresentou maior associação com taquicardia (OR= 1,40). Não se obteve associação entre os idosos com idade acima de 90 anos com as complicações investigadas. Quanto à hipertensão arterial, o estágio II obteve maior associação com bradicardia (OR= 8,01); assim como o escore ASA categorias II e III incrementam a possibilidade de apresentar hipertensão arterial no período de recuperação pós-anestésica (OR= 4,79; 10,71) respectivamente,. Em relação à associação entre as complicações mais freqüentes na recuperação pós-anestésica com os fatores de risco relacionados ao paciente cirúrgico idoso no período intra-operatório, o tempo de cirurgia superior a cinco horas teve maior associação com hipertensão arterial (OR = 6,49) quando comparado às cirurgias com duração entre 3 a 5 horas e inferior a 3 horas. A posição decúbito lateral apresentou maior associação com hipotermia, náusea, vômito e dor (OR = 6,68; 5,79; 3,12), respectivamente, quando comparado às posições decúbito dorsal horizontal e litotômica. Dentre os tipos de cirurgia, a artroplastia teve maior associação com náusea e vômito (OR = 7,64) seguida de redução de fratura com taquicardia e dor (OR = 3,71 e 2,05), respectivamente. Quando realizada a associação entre o tipo de anestesia e complicações na recuperação pós-anestésica ,a anestesia raquidiana apresentou maior associação com taquicardia (OR = 4,24), quando comparada à anestesia geral e peridural. Sendo assim, os pacientes idosos constituem-se em um desafio para a equipe de saúde em sala de recuperação pós-anestésica, os quais devem levar em conta a alta prevalência de doenças associadas e as alterações funcionais decorrentes do processo de envelhecimento |