Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Barbati, Daniela Osório |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44138/tde-30052019-131248/
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Resumo: |
O semiárido cearense apresenta um baixo potencial hídrico superficial, aumentando a dependência da população às águas subterrâneas. O Aquífero Fraturado, constituído pelo embasamento cristalino, é o de maior ocorrência na região e apresenta baixa produtividade e teores excessivos de sais. O presente trabalho propôs avaliar os condicionantes regionais que controlam as produtividades nos aquíferos no semiárido com base nas informações de mais de 6 mil poços tubulares. A correlação entre a litologia, clima e geomorfologia demonstrou que a primeira exerce o papel principal no controle das potencialidades hídricas, sendo o clima o seu segundo fator de influência. Os maiores valores de mediana da capacidade específica (Q/smed) de 15,32 m3/h/m e 0,83 m3/h/m foram verificados em rochas carbonáticas e sedimentares em clima úmido/subúmido, respectivamente. Desta forma, suas produtividades são mais evidentes em climas mais úmidos, logo que sua permeabilidade intrínseca e produtividade estabelecem uma relação diretamente proporcional com a disponibilidade de chuvas. De maneira geral, os metassedimentos (Q/smed 0,099 m3/h/m) se apresentaram mais produtivos quando comparados aos gnaisses e migmatitos (0,051 m3/h/m) e às rochas plutônicas (0,052 m3/h/m). Nos gnaisses e migmatitos o clima aparentou não ter uma influência efetiva na produtividade. As águas subterrâneas da região têm elevada salinidade, confirmada em 210 análises hidroquímicas. O mecanismo de salinização dos aquíferos no semiárido provavelmente está associado aos sais aerotransportados do mar, com predominância para o cloreto e sódio, e às elevadas taxas de evaporação, como pode ser confirmado pelas maiores concentrações de cloreto na água de poços localizados mais próximos à costa. O mecanismo de recarga em rochas mais permeáveis pode favorecer a redução de salinidade (maior infiltração), como o verificado em metassedimentos, quando comparadas às maiores concentrações verificadas em gnaisses e migmatitos. |