Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Vinícius Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-18102024-161938/
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Resumo: |
A cultura de organoides surgiu como um modelo promissor para estudo de tecidos normais e tumorais de seres humanos ou animais, exibindo características que lembram seus tecidos de origem, permitindo avaliar o comportamento da doença e resposta a drogas. O estabelecimento de organoides de câncer de mama envolve diversas variáveis do protocolo, como intervalo entre a coleta do tecido e o início da cultura, técnicas de dissociação celular e componentes do meio de cultura. Consequentemente, a taxa de sucesso do estabelecimento de organoides e a fidelidade ao tecido original podem variar. Nesta revisão sistemática, avaliamos a origem da amostra, as taxas de sucesso, metodologias e semelhança dos organoides de câncer de mama com seus tecidos parentais. Uma busca eletrônica foi realizada no PubMed, Embase e WebOfScience em busca de estudos que estabeleceram organoides de câncer de mama diretamente do paciente ou de xenotransplante. Inicialmente obtivemos um total de 1336 títulos, que após exclusões, resultaram em 59 artigos completos avaliados. Nestes estudos, foram utilizados cinco tipos diferentes de meios de cultura com adição de 37 diferentes componentes, sendo os mais frequentes EGF(n=47), Glutamina(n=39), FGF(n=38) e R-espondina (n=38). Dez dos cinquenta e nove estudos forneceram o número de amostras iniciais e de organoides estabelecidos, totalizando 504 e 349, respectivamente, com uma taxa de estabelecimento de 71.34% (95% CI: 67,55-75,14), variando de 31,25% a 86,21%. A taxa de estabelecimento nos subtipos Luminal A, B, HER2 e TN foi de 57,47% (95%, CI: 45.03-69.90), 72,51% (95%, CI: 64,80-80,22), 71,24% (95%, CI: 60,93-81,54), e 78,75% (95%, CI: 72,04-85,46), respectivamente. Houve concordância entre a expressão de receptores entre a amostra original e os organoides estabelecidos, com valores de kappa de 0,692 para PR, 0,597 para ER e 0,711 para HER2. A maioria dos estudos utilizou amostras oriundas do tumor primário, com taxa de estabelecimento foi de 71,20% (95%, CI: 67,16-75,24), mas também metástases, com taxa de estabelecimento de 81,30 (95%, CI: 71,50-91,10). Esta meta-análise indica uma boa taxa de estabelecimento de organoides de câncer de mama a partir de tumores e uma boa manutenção na expressão de receptores comparando-se a amostra inicial com o organoide estabelecido |