Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Talita Regina de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-05082016-154130/
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Resumo: |
Um comportamento é dito mais resistente à mudança quanto menor for a alteração observada diante de modificações ambientais. Assim, estudos sobre resistência à mudança têm investigado a alteração do comportamento após a inserção de algumas operações que podem mudar comportamento que está em curso (evento perturbador). Essa proposta pode ser eficaz em investigações voltadas aos efeitos do consumo de drogas, como por exemplo, o etanol, que estimula determinadas áreas do Sistema Nervoso Central, responsáveis por possíveis alterações no valor reforçador de estímulos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar se a presença do etanol acarretaria em alguma alteração diferencial nas condições com diferentes taxas de reforço e se sua presença e ausência poderiam ser caracterizadas como um evento perturbador. O Experimento I constou de duas partes. Na primeira parte foi analisada a função do etanol como evento perturbador. Dez ratos autoadministravam por via oral (gelatina) etanol (ET) 10% ou maltodextrina (MALTO) antes de sessões experimentais de treino de pressão à barra sob um esquema múltiplo VI 15 s-VI 45s. Na segunda parte, a pressão à barra foi colocada em extinção, mas as condições de autoadministração das substâncias foram mantidas para observar o efeito do etanol sobre a resistência à mudança dessa resposta. O Experimento II teve como objetivo avaliar o efeito da retirada de ET depois de intoxicações aguda e crônica. O experimento constou de duas partes. Na primeira, uma única dose de 20% de ET foi administrada por gavagem a ratos (n=9) previamente treinados sob o esquema múltiplo VI-VI; após 12 e 36 horas da administração, a resposta de pressão a barra sob o esquema múltiplo VI-VI foi observada. Na segunda parte, os mesmo ratos autoadministraram a cada 12 horas gelatina de ET a 10% por 21 dias; após 12 e 36 horas da administração, a resposta de pressão a barra sob o esquema múltiplo VI-VI foi novamente estudada. Os resultados do Experimento I indicaram que as doses consumidas de ET (10g/Kg) não tiveram função de evento perturbador. Quando houve algum efeito de queda ou aumento das taxas de respostas, esse não foi observado apenas no componente correlacionado com maior taxa de reforço, mas sim em ambos. Quanto à administração de ET na resistência à mudança empregando-se extinção como evento perturbador, não se obteve qualquer alteração. Contudo, quando a análise foi voltada à administração da gelatina, fosse com MALTO ou ET, houve diferentes efeitos em relação à fase de linha de base. Na primeira fase do Experimento II (retirada após intoxicação aguda) foi observado que a retirada do etanol teve efeito de evento perturbador apenas para sessões após 12h, mas não após 36h. Na segunda fase (retirada após a administração crônica) não houve efeito de retirada: os ratos continuaram se comportando de maneira semelhante aos dias com etanol. A retirada do etanol somente após a administração aguda apresentou tal efeito, que pode ser explicado devido ao efeito rebote de sua remoção do organismo, que foi observado somente após poucas horas do término do consumo (12 horas). Esse efeito rebote parece ter sido alterado pela taxa de reforço estabelecida nas condições do presente experimento (menos alterada ix na condição com maior taxa de reforço). Essa diversidade de resultados pode ter sido em função das diferenças entre consumo agudo e crônico ou por diferenças nas vias de administração empregadas |