Obstrução de gotejadores por interações entre carbonato de cálcio e partículas sólidas: laboratório e campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Diego José de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-12122022-192411/
Resumo: Um dos maiores desafios de manutenção de sistemas de irrigação localizada é a obstrução de gotejadores, afetando a uniformidade de aplicação de água e a produtividade da cultura. Entre os principais responsáveis por esse fenômeno estão agentes físicos, químicos e biológicos. Em condições de campo, esses agentes atuam de forma individual e/ou simultânea promovendo a obstrução dos emissores. Diante disso, essa pesquisa teve como objetivo identificar padrões de obstrução envolvendo partículas sólidas suspensas e precipitados de CaCO3, bem como a interação desses agentes. Além disso, buscou-se identificar emissores mais susceptíveis à obstrução, bem como avaliar se as metodologias de ensaio de obstrução em laboratório representam a realidade do campo. Oito modelos comerciais de tubogotejadores com vazão inferior à 1,8 L h-1, foram submetidos a ensaios em laboratório, avaliando a sensibilidade à obstrução quanto à presença de partículas sólidas de pequena granulometria (<125 &#956;m), dureza da água em 200 mg L-1 em CaCO3 e a interação entre esses dois agentes. Os tubogotejadores foram submetidos também a um ensaio em condição de campo sob três tratamentos (T1 água de superfície; T2 água de superfície + partículas sólidas de pequena granulometria; e T3 água de superfície + água com dureza de 200 mg L-1 em CaCO3). Os ensaios em laboratório com partículas sólidas mostraram que emissores de baixa vazão (<1,6 L h-1) foram mais susceptíveis à obstrução quando comparados à emissores de maior vazão, independentemente da concentração de partículas avaliadas. A nível de campo, os resultados de laboratório se confirmaram, sendo que os emissores de baixa vazão foram mais sensíveis ao processo de obstrução. Emissores de maior vazão (1,6 a 1,8 L h-1) foram resistentes à obstrução, independentemente do tratamento aplicado. A hipótese de que a interação de partículas sólidas de pequena granulometria e precipitados de CaCO3 intensificavam os problemas de obstrução não foi confirmada, visto que no ensaio de interação a presença de partículas sólidas retardou a obstrução. O método de acompanhamento de vazão no início da linha lateral e a determinação do coeficiente de uniformidade estatístico apresentaram divergências na avaliação da evolução da obstrução a nível de campo o que pode provocar uma tomada de decisão de substituição do sistema de forma errônea.