Relação entre peso de nascimento e ganho pondoestatural no primeiro ano de vida e fatores de risco para a doença cardiovascular em adultos nascidos entre 1977 e 1989 acompanhados no Centro de Saúde-Escola \"Prof. Samuel B. Pessoa\"  do Butantã, cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gomes, Filumena Maria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-22092010-141734/
Resumo: A ocorrência de doença cardiovascular não pode ser explicada somente pelo estilo de vida do adulto. Estudos ecológicos e epidemiológicos dos últimos vinte anos demonstraram maior incidência de doenças crônicas não transmissíveis em indivíduos que nasceram com baixo peso e tiveram um ganho de peso inadequado nos dois primeiros anos de vida. A hipótese aceita atualmente é a de que agravos, principalmente nutricionais, ocorridos durante a gestação alteram a programação de órgãos e sistemas para preservar, principalmente, o desenvolvimento cerebral, levando ao sacrifício metabólico de vários órgãos, como rins, fígado, coração, pâncreas, que ao serem solicitados na vida adulta, teriam menor capacidade funcional. Esta teoria foi chamada Hipótese de Barker ou do Fenótipo Poupador. Este trabalho tem como objetivo avaliar o peso de nascimento e do primeiro ano de vida de adultos usuários do Centro de Saúde-Escola Prof. Samuel B. Pessoa, que foram matriculados quando lactentes e que estão atualmente em seguimento nesta unidade de saúde, correlacionando com a sua condição de saúde atual, para tentar demonstrar a teoria das origens desenvolvimentistas da saúde e da doença em nosso meio. A anamnese clínica, medidas da cintura abdominal, cintura quadril, pressão arterial, freqüência cardíaca, e exames laboratoriais, tais como colesterol total e frações, triglicérides, glicemia de jejum foram estudados. Constituiu-se um grupo de 298 usuários, com média de idade de 25 anos, sendo 212 mulheres e 86 homens. Após a execução do estudo observamos que não houve diferença estatisticamente significante em relação a anamnese e aos exames laboratoriais alterados dos adultos, quando se compararam aos grupos com baixo peso de nascimento, nem quando comparados aos grupos com peso baixo com um ano de idade. O acompanhamento destes de adultos, por duas a três décadas, poderá trazer dados que venham a ajudar a comprovar a teoria das origens desenvolvimentistas da saúde e da doença em nosso meio. A prevenção primordial, isto é, antes do nascimento, das doenças crônicas não transmissíveis será o objetivo futuro da Pediatria Preventiva