Consumo hídrico do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) cultivado em estufa plástica e sua relação com variáveis meteorológicas em Santa Maria, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Righi, Evandro Zanini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20191218-174735/
Resumo: Normalmente, o cultivo do tomateiro no interior de estufas plásticas é realizado diretamente no solo, mas devido aos problemas de salinização e doenças, os produtores tem optado por sistemas de cultivo em substratos. Devido ao volume do ambiente radicular reduzido, uma eficiente irrigação torna-se necessária, carecendo de maior precisão das estimativas de consumo d'água pelas plantas. Para isto, é interessante o estudo das relações entre o consumo hídrico e as variáveis meteorológicas e crescimento das plantas. Desta forma, determinou-se o consumo d'água do tomateiro de hábito de crescimento determinado, estudou-se o efeito das variáveis meteorológicas isolado do efeito das variáveis de crescimento das plantas, utilizando-se o consumo d'água por unidade de área foliar, e identificou-se quais são as variáveis meteorológicas mais importantes a afetá-lo, em cultivo de outono-inverno, em estufa localizada no Campo Experimental do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria. A estufa com dimensões 10m x 24m, foi manejada manualmente, com ventilação natural através de janelas laterais e portas frontais. Cada planta de tomateiro de hábito de crescimento determinado, cultivar Imperror, foi conduzido em 8 litros de substrato comercial Plantmax, em três lisímetros coletores de drenagem, com cinco plantas cada, sendo cada lisímetro irrigado no início da manhã de todos os dias do período experimental (27/02/99 - 04/07/99). A densidade de fluxo de radiação solar global e a radiação líquida foram estimadas para o exterior da estufa a partir de dados da estação meteorológica próxima à estufa. A temperatura, a umidade relativa e o déficit de saturação do ar foram determinados no interior da estufa, a partir dos dados de um termohigrógrafo, e no seu exterior, a partir de dados da estação meteorológica. A evolução das variáveis meteorológicas durante o período experimental foi característica para o local e época do ano, com uma redução gradativa da densidade de fluxo de radiação solar, da temperatura e do déficit de saturação do ar e aumento da umidade relativa do ar. Foram encontradas boas correlações entre o consumo hídrico por unidade de área foliar com a irradiância solar global, e melhor ainda com a radiação líquida, no exterior da estufa, mas o melhor ajuste do consumo hídrico foi obtido com a variável déficit de saturação do ar no interior da estufa. Os valores médios diários e diurnos das variáveis meteorológicas no interior da estufa explicaram melhor a variação da transpiração das plantas do que os valores extremos ou de determinados horários do dia. Na comparação entre o efeito das variáveis meteorológicas do interior e exterior da estufa, as primeiras correlacionaram-se melhor com os dados de consumo d'água por unidade de área foliar. A razão consumo d'água/evapotranspiração de referência no exterior da estufa, no cultivo de outono-inverno, aumentou inicialmente em função, principalmente, da área foliar, para depois decrescer, como resposta da redução da demanda hídrica do ar atmosférico