Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silva, Edison Simoni da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-14122022-113203/
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo principal analisar a relação entre desempenho das ações e a estrutura de capital das companhias abertas brasileiras não-financeiras. Mais especificamente, a dissertação investiga se as empresas deixam que o nível de endividamento flutue de acordo com o desempenho das ações; ou se revertem tais efeitos, buscando manter uma estrutura meta de capital estática. Foram analisados quatro períodos anuais (2000, 2001, 2002 e 2003) e um período quadrienal (2000 a 2003). A análise estatística foi realizada com modelos de regressão linear múltipla, pelo método dos mínimos quadrados ordinários. A variável dependente analisada foi o nível de endividamento, em valores de mercado, no final de cada período analisado. As duas principais variáveis independentes analisadas foram: (1) o nível de endividamento, em valores de mercado, no final do período imediatamente anterior ao em análise; e (2) o nível de endividamento, em valores de mercado, no final do período imediatamente anterior ao em análise, ajustado pelo desempenho das ações durante o período analisado, ceteris paribus. A segunda variável independente se mostrou estatisticamente significativa em todos os períodos analisados (com sinal positivo, como esperado), enquanto a primeira não apresentou significância estatística em nenhum período. Os resultados apresentam evidência de que as empresas não revertem os efeitos do desempenho das ações no nível de endividamento, mesmo no médio prazo (quatro anos). Empresas cujas ações apresentem desempenho positivo (negativo) devem apresentar reduções (aumentos) no nível de endividamento. As empresas não parecem buscar a manutenção de uma estrutura meta de capital estática, pelo menos em valores de mercado. De acordo com a análise realizada à luz da teoria e das evidências empíricas de outros estudos, este comportamento não parece ser explicado pelas principais teorias de estrutura de capital desenvolvidas a partir da década de 1950, indicando a necessidade de desenvolvimento de novas pesquisas. Por fim, é importante lembrar que o nível de endividamento, em valores de mercado, é um componente indispensável para o cálculo do custo médio ponderado de capital das empresas, utilizado na avaliação de investimentos. De forma geral, a literatura de finanças recomenda que seja utilizada uma estrutura meta de capital de longo prazo no cômputo do custo médio ponderado de capital. Esta recomendação pressupõe que as empresas revertem os efeitos do desempenho das ações no nível de endividamento, mantendo-o próximo da meta de longo prazo. Os resultados apresentados por este trabalho põem em dúvida a validade de tal premissa. Novas pesquisas podem ser desenvolvidas visando a analisar os impactos da dinâmica da estrutura de capital verificada nesta dissertação na avaliação de investimentos. |