Educação Inclusiva ou Educação para todos? Contribuições da teoria histórico-cultural para uma análise crítica da realidade escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Batistão, Sandra Paula da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-13112014-094153/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da educação inclusiva a partir da gestão de política pública para o exercício da ação pedagógica do professor e do professor assessor frente à proposta de um contexto educacional com a finalidade de identificar caminhos que possam compor para o processo de superação do que está instituído no cotidiano escolar. Durante o movimento de investigação os conceitos de Estado, Educação, Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais são tratados a partir dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica e da psicologia histórico-cultual estabelecendo relações entre a ação pedagógica de todos os sujeitos da educação e o exercício de suas funções. A unidade de análise na pesquisa é a relação entre a gestão de política de Estado no campo da Educação e todos os envolvidos na construção do processo educacional inclusivo, destacando a função social do professor, do professor assessor e da equipe escolar quando estes, no cotidiano da escola, deparam-se com alunos com diagnóstico de dificuldades de aprendizagem e ou deficiência. Sabe-se que muito tem sido discutido sobre a escola inclusiva como sendo aquela que matricula alunos com deficiência na sala regular de ensino, no entanto, esta pesquisa propõe problematizar não somente a inclusão educacional do aluno com deficiência ou do aluno com dificuldades de aprendizagem, mas a inclusão através da mediação do conhecimento científico como aquele que deve ser oportunizado para todos os alunos da escola pública. Reafirmando o direito de todos à educação, abordam-se os impactos causados pelos alunos com dificuldades de aprendizagem, quando estes, muitas vezes sentemse solitários na escola, que se intitulando inclusiva frente aos alunos com deficiência, não assume a diversidade, o conhecimento científico e seus desdobramentos como sendo o ponto central de transformação de uma escola excludente e seletiva em uma escola inclusiva. Entende-se que, apesar das tentativas de construção de uma escola inclusiva de qualidade, muitas são as situações de exclusão escolar na sociedade contemporânea. Sendo assim, essa pesquisa analisa os processos de inclusão e exclusão enquanto produção social, dos quais fazem parte tanto os alunos quanto seus professores. Essa pesquisa, portanto, é composta por um processo de investigação bibliográfica concomitante ao processo de investigação empírica sobre o cotidiano da assessoria em uma escola municipal da cidade de Santo André. Para análise dos dados busca-se compreender o contexto empírico a partir das seguintes categorias: dimensão tarefeira na ação pedagógica, a imediaticidade na realidade concreta e a governança do tempo e do espaço no conjunto das ações presentes na educação inclusiva. Os resultados encontrados na pesquisa possibilitam a proposição de um conjunto de elementos apontando estes como necessidades a serem viabilizadas pela gestão de política pública local de forma a garantir reais condições para o exercício de uma educação que pretende ser inclusiva.