Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ayres, Daniel Cernach |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-09102024-155117/
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Resumo: |
Introdução: Cistinúria é uma doença autossômica recessiva caracterizada pela falha do túbulo proximal em reabsorver a cistina filtrada pelo glomérulo. Os genes SLC3A1 e SLC7A9, são os principais genes responsáveis pelo transporte de cistina pelos túbulos, e foram os primeiros genes associados a cistinúria, através de mutações encontrada nos mesmos. Além destes dois importantes genes, o gene PBX1 recentemente também foi correlacionado com a cistinúria. Mesmo considerando os grandes avanços das pesquisas científicas e tecnológicas, a cistinúria ainda se apresenta como patologia heterogênea e de comportamento variável, características que a tornam muito limitada em relação a capacidade de previsibilidade de evolução da doença e, consequentemente, as decisões de tratamento e seguimento dos pacientes. Embora as mutações genéticas na cistinúria estejam relativamente bem estabelecidas, o desenvolvimento de métodos diagnósticos, prognósticos e terapêuticos ainda são considerados verdadeiros desafios e com benefícios limitados. O estudo de possíveis miRNAs que controlam essa importante cascata poderá permitir a descoberta de novos marcadores moleculares relacionados ao comportamento da cistinúria. Objetivos: Caracterizar o perfil de expressão de microRNA em pacientes com cistinúria correlacionando com fatores relacionados ao quadro clinico. Material e métodos: O grupo de estudo foi composto por 16 pacientes diagnosticados com cistinúria. O grupo controle foi composto por 10 amostras de sangue de indivíduos saudáveis, que comprovadamente não possuíam litíase renal. Foram selecionados 8 microRNAs: miR-29a, miR-29b, miR-29c, miR-1207, miR-10a, miR-3658, miR-141, miR-200a. Análise dos 8 microRNAs foi realizado por PCR quantitativo em tempo real. Resultados: Dos 8 microRNAs estudados todos estavam subexpressos nos pacientes com cistinúria quando comparadas ao grupo controle. Porém somente o miR-10a, 141, 200a e 3658 apresentaram-se subexpressos em relação ao grupo controle com diferença estatística significante. Quando estudamos a relação entre a expressão do microRNA e a excreção de cistina não houve diferença estatística significante em nenhum microRNA avaliado. Porém, em relação ao número de cirurgias houve diferença estatística significativa nos microRNAs 10a, 141 e 200a e quanto a função renal houve diferença estatística para o microRNA 10a. O miR 29a e 29c demonstraram relação estatisticamente significante com diagnóstico da doença em idade mais precoce. Conclusões: Entre os microRNAs avaliados encontramos que os microRNAs 10a, 141, 200a e 3658 foram significativamente subexpressos nos pacientes com cistinúria comparado ao grupo controle. A associação da expressão dos microRNAs avaliados com prognostico e severidade do quadro clínico demonstrou que houve diferença significativa considerando a função renal para o microRNA 10a e no número de cirurgias para o microRNA10a, 141 e 200a |