Respostas metabólicas de cães diabéticos alimentados com dietas contendo diferentes concentrações de ômega-3

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Fábio Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Fat
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-22012021-104550/
Resumo: Há evidências de que a suplementação dietética de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (AGPI-3) possa modificar o metabolismo lipídico e glicêmico de indivíduos diabéticos, aspecto não estudado em cães. Dessa forma, este estudo objetivou avaliar as respostas glicêmicas e lipídicas de cães com diabetes mellitus após a ingestão de ômega-3. Os cães diabéticos adultos, machos ou fêmeas, sem outras afecções, foram selecionados na rotina do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Estes foram incluídos em dois períodos experimentais de 12 semanas cada, nos quais receberam as dietas isonutrientes indicadas para cães diabéticos, denominadas como controle (sem óleo de peixe) e alimento teste (5,0% de óleo de peixe). Os resultados encontrados nas variáveis da curva glicêmica convencional e por sistema de mensuração contínua; curva de trigliceridemia e colesterolemia; perfil plasmático de lipoproteínas e variáveis do esvaziamento da vesícula biliar foram comparados por meio dos testes de Wilcoxon ou T pareado e, valores de p<0,05 foram considerados significativos. Foi observado que a ingestão média de 142,9±34,2mg/kg da soma de ácido eicosapentaenóico e docosaexaenóico resultou em menor colesterolemia média (p=0,01); mínima (p=0,02); máxima (p=0,01); em jejum (p=0,03); duas (p<0,01), quatro (p=0,01) e 10 horas pós- prandial (p=0,02); menor oscilação na colesterolemia ao longo do dia (p=0,03); nas concentrações das frações de colesterol em VLDL (p<0,01) e nas lipoproteínas não- HDL (p=0,05). Não foi observado efeito nas variáveis relacionadas ao esvaziamento da vesícula biliar e trigliceridemia (p>0,05). Observou-se maior concentração intersticial de glicose média total (p=0,04), média noturna (p=0,02), máxima diurna (p=0,01) e noturna (p<0,01), maior tempo em hiperglicemia (p<0,01), com menor tempo em hipoglicemia (p<0,01). A suplementação de óleo de peixe resultou em efeitos positivos na hipercolesterolemia mas, piorou a glicemia de cães diabéticos.