Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miorim, Rinaldo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-21092018-162257/
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Resumo: |
A presente tese realizou uma investigação sobre os sentidos e imagens acerca do mal-estar e da experiência psíquica na cidade de São Paulo visto por meio da literatura urbana contemporânea, mais especificamente, tomando como material de análise a ficção Tango, com violino de Eduardo Alves da Costa. Partindo do pressuposto que relaciona os sofrimentos, desassossegos e desconfortos gerais sentidos na cidade com uma perda de sentido junto ao ambiente e sua paisagem, na sua interferência nos vínculos sociais e em suas relações intersubjetivas, utilizamos em nossa análise uma perspectiva imaginativo-interpretativa fundamentada em referenciais teóricos como Gilbert Durand, James Hillman, Gaston Bachelard e Augustin Berque, entre outros, abordando como a imaginação organiza o campo psicossocial e sua relação com os sentidos do espaço. Foi observado o papel da narrativa literária como um instrumento transformador do sofrimento em um incômodo capaz de estimular uma ampliação da percepção frente à cidade e seus problemas, mas também concluímos que o desconforto investigado poderia traduzir uma espécie de mal-estar da cidade. Sobre o desassossego e desamparo que relaciona os habitantes à cidade, notamos uma fenomenologia cuja variância, traz estados de aceleração e euforia em contraste com aspectos depressivos e melancólicos. Características que apontam para um modo civilizatório que em seu voo ideacional conflita com a necessidade de um lastro de valor, medida e sentido, tendo no retorno à sua imagem mítica uma aproximação para a compreensão da relação entre a experiência subjetiva e o sofrimento que atravessam o espaço urbano, o que aponta para a necessidade de habitar os atravessamentos entre as perspectivas que relacionam o novo com o antigo, o corpo, a cidade e a paisagem |