Periodontite e aterosclerose: a busca de evidências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Saraiva, Adriana Paiva Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-26042010-102150/
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) de origem aterosclerótica estão entre as principais causas de morbimortalidade cardiovascular. A periodontite, por meio de bacteremia e endotoxemia, tem sido apontada como possível fator de risco para início e progressão da aterosclerose. A proposta desta revisão foi buscar, reunir e analisar evidências científicas atuais de nível I e II sobre a associação entre periodontite e aterosclerose em seres humanos. As bases de dados consultadas foram: Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System), registro Cochrane de ensaios controlados (Cochrane Central Register of Controlled Trials - Central) e registro Cochrane de revisões sistemáticas (Cochrane Databasis of Systematic Reviews - CDSR). Foram identificados 532 estudos, sendo 22 elegíveis, dos quais nove atenderam aos critérios de inclusão. A amostra foi composta por 100% de ensaios clínicos randomizados controlados (ECRC). Oito estudos (89%) avaliaram o efeito do tratamento periodontal quanto aos parâmetros clínicos periodontais e marcadores relacionados à fisiopatologia da aterosclerose, em três destes (37,5%) o efeito do tratamento periodontal foi testado com antibioticoterapia e um (11%) avaliou o efeito somente da antibioticoterapia. Sete (78%) avaliaram níveis séricos de proteína C-reativa (PCR) antes e após o tratamento periodontal, em quatro (57%) houve redução deste marcador nas avaliações posteriores a seis semanas. Cinco (55,5%) avaliaram níveis séricos de interleucina-6 (IL-6), dos quais três (60%) relataram redução após mais de um mês do tratamento periodontal. Fatores lipídicos foram avaliados em três estudos (33%) e todos relataram melhoria significativa após tratamento periodontal. Evidências científicas de nível II apontam que a periodontite parece provocar alterações nos marcadores sistêmicos relacionados à fisiopatologia da aterosclerose podendo o tratamento periodontal ser benéfico para controlar marcadores séricos de risco para aterosclerose, com resultados significativos em casos mais severos de periodontite e para os marcadores lipídicos.