A teoria da modificabilidade cognitiva estrutural de Feuerstein. Aplicação do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) em estudantes da 3ª série de escolas do ensino médio.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cruz, Sylvio Benedicto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-10122007-160413/
Resumo: A Sociedade e o mercado de trabalho exigem de cidadãos e trabalhadores, nos últimos tempos, um perfil de desempenho diferente daquele até então aceito. As principais carências do trabalhador dizem respeito, dentre outras necessidades, ao desempenho de certas competências pessoais e a melhoria do funcionamento cognitivo. As escolas, responsáveis pela preparação dessas pessoas para viver em Sociedade - o que inclui a preparação para o mundo do trabalho - não costumam realizar ações educacionais intencionais na direção da melhoria do desenvolvimento cognitivo de seus alunos. O foco do presente estudo está na possibilidade da Escola realizar intencionalmente o desenvolvimento cognitivo de estudantes, futuros trabalhadores. utilizando um programa já existente, criado e estruturado para essa finalidade por Reuven Feuerstein. No final da década de 1940, coube a Feuerstein a tarefa de educar centenas de crianças e jovens, órfãos da guerra, para que se tornassem cidadãos autônomos e produtivos. Diante da necessidade real de modificar o desempenho cognitivo e resgatar a cidadania dessas pessoas, Feuerstein criou - a partir de sua visão de mundo, de um conjunto de crenças por ele estabelecido e de sua experiência - duas teorias: Modificabilidade Cognitiva Estrutural e Experiência de Aprendizagem Mediada e três sistemas inter-relacionados, ou seja, um sistema de avaliação: Avaliação Dinâmica do Potencial de Aprendizagem, um sistema de intervenção: Programa de Enriquecimento Instrumental e um sistema de manutenção: Modelagem de Ambientes Modificadores. Avaliar o efeito do primeiro nível do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI I) no desenvolvimento cognitivo de estudantes da 3ª série de Escolas pública ou privada de Ensino Médio é o objetivo amplo desse trabalho. Em resumo, foram envolvidos no projeto 96 estudantes (54 rapazes e 42 moças) de duas Escolas de Ensino Médio: uma privada e outra pública. Sessenta e sete desses alunos participaram dos grupos experimentais que se submeteram ao PEI I e as outras 29 pessoas integraram grupos de controle, não participando, portanto, da aplicação do Programa. Todos os estudantes participaram de uma avaliação inicial diante de seis instrumentos, sendo que alguns deles permitiam avaliação dinâmica. Da análise dos resultados dos instrumentos, que envolviam avaliação dinâmica, foram levantadas necessidades e estabelecidos procedimentos de intervenção. Os alunos dos grupos experimentais foram submetidos ao primeiro nível do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI I). Durante a aplicação do PEI I, alunos participaram de avaliação intermediária, realizada a partir da aplicação de instrumento de avaliação e ou de questionário para levantamento da percepção dos estudantes sobre o PEI. Finalmente, todos os participantes foram submetidos a uma avaliação final. Os resultados foram analisados de forma descritiva e estatística. Os testes U ou de Mann- Whitney e o teste t de Student foram utilizados para indicar semelhanças e diferenças prováveis entre os desempenhos dos grupos de alunos. A partir da discussão desses resultados foram montadas proposições que justificaram as seguintes conclusões: A modificabilidade cognitiva estrutural dos estudantes dos grupos experimentais foi ampliada. O desenvolvimento cognitivo demonstrado pelos estudantes dos grupos experimentais foi maior que o desempenho cognitivo demonstrado pelos alunos do grupo de controle.