Resíduos de DDT e endrin em folhas, caroços, óleos e farelos de algodoeiro (Gossypium hirsutm L., cultivar IAC - 17), determinados por cromatografia em fase gasosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Novo, José Poleze Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152652/
Resumo: Procurou-se estudar o comportamento dos resduos de DDT e endrin em folhas de algodoeiro e determinar os resíduos desses inseticidas em caroços de algodão na ocasião da colheita, bem como sua distribuição nos produtos do processamento dos caroços. O experimento foi instalado no município de Tietê, SP, utilizando algodão do cultivar IAC-17. Foram realizadas três pulverizações (76, 56 e 31 dias antes da colheita) nas dosagens de 2000g de i.a. DDT/ha (500g de DDT 50% PM/ 100 litros de água) e 800g de i.a. endrin/ha (600ml de Endrex 20, CE/100 litros de água). As folhas foram amostradas 3 dias após cada aplicação e 20, 25 e 31 dias após as 1ª, 2ª e 3ª aplicações, respectivamente. Os caroços foram colhidos 31 dias após a 3ª aplicação. O método de análise de resíduos em materiais não gordurosos (folhas e farelos) constou de extração com acetonitrilo e água, e purificação através de partição em éter de petróleo e limpeza em coluna de florisil, eluida com uma mistura de éter etílico e éter de petróleo. O método para materiais gordurosos (caroços e Óleos) constou de extração com ace tonitrilo, água e Óxido de alumínio neutro, partição em éter de petróleo e limpeza em coluna de florisil eluida com uma mistura de éter de petróleo, diclorometano e acetonitrilo. Os extratos foram concentrados e injetados em cromatógrafo a gás equipado com coluna de vidro (2,5% de SE-30/Chromosorb WHP) e detector de captura de elétrons (Ni63). Os limites de detecção obtidos foram 0,005ppm para DDT e 0,002ppm para endrin em mate riais não gordurosos e 0,005 ppm para ambos em materiais gordurosos. O DDT foi menos persistente em folhas, apresentando depósitos iniciais muito sensíveis a fatores climáticos, principalmente chuva e vento. Na Última amostragem, os resíduos em folhas foram 4,208ppm de DDT total (soma de p,p’-DDE , o,p’-DDT e p,p’-DDT) e 7,92ppm de endrin. Em caroços, a persistência dos dois inseticidas foi semelhante, considerando a quantidade aplicada e o resíduo final, que foi 0,09lppm de DDT total e 0,035ppm de endrin. O Óleo bruto apresentou resíduos mais altos, 0,200ppm de DDT e 0,086ppm de endrin, o que representa cerca de metade do total dos inseticidas contidos nos caroços. No farelo os resíduos foram menores, 0,025ppm de DDT total e 0,010 ppm de endrin. Os resultados em caroços, respeitado o período de carência de 30 dias, estiveram abaixo dos limites de tolerância (1,0 ppm para DDT e 0,1 ppm para endrin) estabelecidos pela legislação vigente no Brasil.