"Necessidades de saúde pela voz da sociedade civil (os moradores) e do Estado (os trabalhadores de saúde)"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Campos, Celia Maria Sivalli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-14122004-103934/
Resumo: O objeto deste estudo diz respeito às necessidades de saúde de moradores da área de abrangência da UBS Vila Dalva, do Distrito de Saúde Escola do Butantã, no município de São Paulo. Tomou como referência o modo como essas necessidades são incorporadas aos processos de trabalho dessa unidade. O objetivo geral foi investigar as necessidades de saúde reconhecidas como objeto do trabalho em saúde. Para isso identificou e analisou o que os moradores reconhecem como necessidades de saúde e o que propõem para responder a essas necessidades. Quanto aos trabalhadores da UBS, identificou e analisou o que tomam por objeto do trabalho em saúde. Trabalhadores da UBS Vila Dalva e moradores da área de abrangência da unidade constituíram os sujeitos desta pesquisa. Utilizou-se a entrevista semi-estruturada como técnica para a coleta dos dados e a análise temática como estratégia para a apreensão da realidade. A análise permitiu nominar categorias empíricas - necessidade da presença do Estado, necessidades de reprodução social, necessidade de participação política - que responderam como são reconhecidas as necessidades de saúde pelos moradores do território. A análise mostrou que os moradores atribuem ao Estado a responsabilidade pela garantia dos diversos serviços que promovem o bem estar social e a responsabilidade de interpor-se e de regular as relações entre capital e trabalho para promover a reprodução societal regida pelo direito de desfrutar da cidadania. A análise apontou também que os processos de trabalho da unidade têm sido instaurados de maneira prévia ao reconhecimento das necessidades dos grupos sociais homogêneos do território, limitando-se aos agravos e conduzidos pela lógica da política de focalização da atenção à saúde. A superação dessas reduções será viável quando os processos de trabalho forem instaurados a partir do reconhecimento das necessidades de saúde desses grupos, tomando-as pela ótica da saúde coletiva, ou seja, respeitando a concepção da determinação do processo saúde-doença e a conquista política do direito à saúde.