Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Elaine Fernandes de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-01062023-112711/
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Resumo: |
A pesquisa em filosofia da educação tem se empenhado em elucidar e contribuir com o debate acerca da experiência, notória palavra em disputa. Ainda no início deste século, uma conferência de 2001, de Jorge Larrosa, trouxe à tona esta palavra que vem sendo recorrentemente utilizada nos discursos educacionais e revogada em diferentes correntes teóricas. Ora a experiência é tomada como justificativa para o recurso às novas tecnologias digitais em sala de aula, ora é mobilizada nos discursos críticos pela constatação de sua ausência na instituição escolar. De toda maneira, tem sido amplamente requerida em educação, e paradoxalmente cobrada, para que a aprendizagem aconteça. Este trabalho, por sua vez, busca a compreensão do termo a partir da filosofia de Walter Benjamin, e entrar por outro caminho nesse debate, qual seja: voltarmo-nos para a experiência do aluno que hoje é professor, ou ainda, para a experiência escolar infantil que habita o professor em seu ofício. Nosso objetivo é refletir sobre a experiência escolar e as potencialidades de sua narrativa. Queremos pensar como a memória da experiência da infância reflete sobre a docência, perguntar onde começa a experiência dos professores, e como operam suas memórias no fazer docente. Na investigação das percepções educacionais da experiência e da narração na teoria benjaminiana, chegamos à discussão sobre a vida presente na escola, da dimensão existencial da educação, e das possíveis narrativas em sua defesa e elogio. Como estratégia metodológica, além do recurso fundamental ao estudo bibliográfico, tivemos contato com noções de escrita autobiográfica, autonarrativa e antiautobiográfica. Os resultados afluíram para um ensaio poético a respeito das potencialidades das narrativas de memórias da experiência escolar infantil dos professores, para a compreensão do próprio exercício de seu ofício; assim como para uma melhor compreensão da história, que também passa por uma compreensão melhor de si mesmo, e pelas vozes dos silenciados e vencidos. As narrativas têm o potencial de abrir novos caminhos na história, de atualizar o presente. Ademais, apresentamos na poética de nosso ensaio um conjunto de narrativas, que denominamos cenas. São peças antiautobiográficas, fruto da experiência com a pesquisa; uma mostra de escritos que revisitam a memória da experiência escolar infantil de uma professora. Pois, em Benjamin, a experiência está intrinsecamente vinculada à narração. |