A supervisão como parte do processo de formação continuada do educador social: uma mediação necessária para a construção e desenvolvimento do trabalho socioeducativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Gerson Heidrich da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15052013-162016/
Resumo: Esta tese, inserida nos campos da Psicologia e da Educação, tem como objetivo analisar a supervisão no contexto da formação continuada do educador social, verificando, a partir da perspectiva do próprio educador, se ela é fundamental para a sua formação crítica e reflexiva, assegurando-lhe a construção da sua autonomia para o trabalho socioeducativo. Para tanto, dois planos de estudos são percorridos: o teórico e o prático. No campo teórico, estuda-se autores que discutem a supervisão na educação formal, ou seja, a escolar, bem como no contexto do trabalho socioeducativo. A partir disso, apresentamos algumas características de um processo de supervisão que servem de referência para o desenvolvimento do segundo plano, o prático, o qual corresponde à pesquisa de campo, com a participação de seis educadores sociais, de nível universitário, atuantes na cidade de São Paulo e arredores, que já vivenciaram e/ou estão vivenciando um processo de supervisão voltado para a prática cotidiana. Por meio da análise do material disponibilizado pelos sujeitos, composto do relato de duas experiências de atendimentos realizados por eles, sendo um submetido à supervisão e outro não, e uma entrevista presencial, é verificado o sentido que esses educadores atribuem à supervisão para a sua formação. A análise desse material revela o que eles consideram fundamental: ter um espaço de supervisão que lhes permita e facilite a exposição das ações que realizam, bem como dos sentimentos que afloram durante o desenvolvimento dessas ações. Reivindicam, de certa forma, a necessidade de serem acolhidos (ou se sentirem acolhidos) em suas mais diversas manifestações, tanto de ordem teórica quanto emocional, o que remete à supervisão como um espaço de mediação voltado para a formação teórico-metodológica sem desconsiderar a humana, assegurando a construção de um sujeito crítico e reflexivo. Assim, nessa proposta de supervisão, destaca-se a importância de um supervisor mais experiente, estudioso, pesquisador e fomentador de pesquisas em relação à complexidade social e à prática socioeducativa. Nesse sentido, sua competência deve assegurar às suas intervenções o investimento nas potencialidades dos educadores sociais, contrapondo-se às carências instauradas no exercício da prática socioeducativa que, invariavelmente, têm levado à reificação dos que dela compartilham.