Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Solorio, Monica Romero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-17092015-121918/
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Resumo: |
Estudos tem salientado que a expansão urbana, fragmentação do habitat, desmatamento e sobreposição das áreas de vida das populações humanas e silvestres tem constribuido para o surgimento de doenças emergentes e reemergentes nas últimas décadas. A paisagem da floresta amazônica vem sofrendo constantemente a dominância antropica e como resultado suas populações silvestres encontram-se cada vez mais expostas ao contato com populações humanas e domesticas com um alto risco de transmissão de agentes infecciosos. A cidade de Manaus, localizada na Amazônia Brasileira, tem afrontado um crescimento desordenado e vertiginoso devido ao seu desenvolvimento industrial causando uma alteração constante em sua paisagem; representando um modelo potencialmente útil para entender os mecanismos de transmissão de doenças. Os primatas são as espécies evolutivamente mais próximas dos humanos e essa proximidade filogenética tem facilitado o compartilhamento de diversos agentes infecciosos. O presente estudo propõe utilizar subpopulações de sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) que ocupam os fragmentos urbanos de Manaus como espécie sentinela, para avaliar a presença de agentes infecciosos na interface-humano primata. A pesquisa objetiva também determinar se a perturbação antrópica dos locais de estudo estaria favorecendo a transmissão desses agentes. Entre os anos 2011 e 2014 um total de 55 sauins de coleira foram capturados em 9 fragmentos florestais urbanos e 1 area controle. Análises moleculares foram realizados para detectar Rotavirus A, Hantavirus, Coronavirus, Flavivirus, Enterovirus, Influenza A, Adenovirus, Metapneumovirus, Virus Sincitial Respiratório Humano, Parainfluenza 1, 2, 3, 4, Virus do Oeste de Nilo e Plasmodium spp. Os resultados indicaram uma prevalência para Hantavírus de (4/48), Rotavírus (9/48). Pela primeira vez é detectada a presença de hantavírus em primatas neotropicais. Nossos dados indicaram que a presença de infeção estaria associada com a existência de algum tipo de impacto antrópico nos locais pesquisados. Nenhum indivíduo resultou infectado na area controle. |