Efeito do desbaste na interação entre os componentes de um sistema silvipastoril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Menecheli Filho, Humberto Tadeu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-14082019-170107/
Resumo: O desbaste é uma técnica silvicultural tradicional e amplamente adotada, consiste na remoção de uma porção da área basal do povoamento florestal com o principal objetivo de reduzir a competição por recursos e concentrar o crescimento nas árvores alvo da colheita final, porém em sistemas agroflorestais essa técnica também beneficia outros componentes do sistema, se bem planejada. O objetivo deste estudo foi definir uma estratégia de desbaste em sistemas silvipastoris em áreas de déficit hídrico. O experimento foi conduzido em uma área plantada em 2011 com Eucalyptus urophylla x grandis, espaçamento 9 m por 3 m, em consorcio com Brachiaria brizantha marandu (plantada em 2013), implantada em 2013, localizado no município de Correntina - BA. Em 2015, o experimento foi instalado no delineamento de blocos casualizados, com três blocos e seis tratamentos. As intensidades de desbastes foram as seguintes (representada pela porcentagem de árvore removida por renque): 0%-0%, 50%-33%, 100%-0%, 50%-50%, 50%-66%, 100%-33%. A parcela total tem formato retangular e tamanho de 100 por 54 m, abrangendo seis renques, e a parcela útil de tamanho de 75 por 18 metros e abrangendo dois renques. Foram realizadas cinco avaliações, em intervalos de três meses, do componente arbóreo, sendo mensurados o DAP, altura, altura da copa, área da copa e índice de área foliar. Foram realizadas quatro avaliações, repetidas a cada três meses, de biomassa da pastagem e umidade do solo, para a pastagem foram realizadas nove amostras sistemáticas por parcela em uma área de 0,25 m2 e cortes realizados na altura de 20 cm. Para o solo foram coletadas duas amostras nas profundidades de 20 e 40 cm do solo, na mesma localidade onde foram realizadas a coleta de amostras de pastagem. A avaliação do componente arbóreo mostrou que o DAP, comprimento da copa em relação à altura, área da copa tiveram resposta positiva com o desbaste, porém a altura mostrou uma resposta negativa com o desbaste. A área basal do sistema silvipastoril e a produção de biomassa da planta forrageira apresentaram relação inversa, pois o sombreamento do componente arbóreo tem relação positiva com a área basal e a produção de pastagem tem relação negativa com o sombreamento. A produção de matéria seca da pastagem teve uma resposta positiva ao desbaste quando comparado com o tratamento sem desbaste. As densidades de 370 arv.ha-1 e 142 arv.ha-1 resultaram em menor umidade do solo. O desbaste teve efeito positivo na conservação de água por diminuir a evapotranspiração total do componente arbóreo, porém altas intensidades de desbaste diminuíram a umidade do solo, devido ao aumento da evapotranspiração do solo e da pastagem. O desbaste mais adequado foi de intensidades moderadas, com área basal residual entre 4 m2/ha na idade de 7 anos e arranjos com um coeficiente de retangularidade menor que 2.