\'Quatro dias para filmar e quatro anos para montar e sincronizar\': o problema da temporalidade em Câncer de Glauber Rocha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fonseca, Paulo Yasha Guedes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-11032016-135833/
Resumo: O presente trabalho busca realizar uma análise do filme Câncer de Glauber Rocha em vista de estabelecer as implicações políticas e culturais da sua distensão temporal, internalizada como integrante da sua estrutura, entre os quatro dias de captação de suas imagens, em agosto de 1968, e os quatro anos que decorreram até a sua montagem e sincronização, sendo finalizado somente em maio de 1972. A nossa hipótese é a de que, ao incorporar o tempo de sua realização na forma, esta obra, por meio de duas inserções documentais coladas nos dois últimos estágios de sua realização, efetua uma intervenção política e cultural ao ano em que foi filmado. A partir da defesa da experimentação na arte, no contexto das vanguardas culturais e políticas de 1968, Glauber Rocha procura, via finalização, apresentar a sua experiência na forma de Câncer como experiência de uma época.