Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Sentelhas, Paulo Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20200111-140350/
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Resumo: |
Foram avaliados os efeitos da utilização de dados meteorológicos obtidos com estações convencional (EMC) e automática (EMA) na estimativa diária da evapotranspiração de referência (ETo), pelos métodos de Penman (P), Priestley-Taylor (P-T) e Penman-Monteith (P-M), padrão FAO, em Piracicaba, SP (Lat.: 22°4230 S; Long: 47º3000 W; e 546m de altitude). Para tanto foram utilizadas medidas de ETo obtidas em lisímetro de pesagem automatizada com célula de carga, em dois períodos; 1) úmido - entre dezembro de 1995 e maio de 1996; e 2) seco - de agosto a dezembro de 1996. Primeiro, comparou-se os dados meteorológicos provenientes da EMC e da EMA, observando-se boa concordância para temperatura média (T) e umidade relativa média do ar (UR), com coeficiente angular (b) de 0,97 e 0,99, e o coeficiente de determinação (r2 igual a 0,97 e 0,81, respectivamente. Para velocidade média do vento (U2m) e radiação líquida (Rn), não houve boa concordância entre os dados das duas estações, em razão da estimativa desses elementos na EMC, o que proporcionou baixa precisão para (U2m) (r2 = 0,57) e baixa exatidão para Rn (b = 1,23). Com o objetivo de minimizar as diferenças de Rn entre a EMC e a EMA, foram desenvolvidos, testados e validados modelos de regressão linear de estimativa desse elemento a partir da temperatura (T), pressão parcial de vapor (ea), razão de insolação (n/N), e radiação solar global (Qg), tanto para a EMC como para a EMA. Os resultados indicaram estimativas mais precisas e exatas da Rn do que aquelas obtidas pela associação das equações de Angström e de Brunt. Para dados obtidos na EMC, pode-se estimar a RN com boa confiabilidade (b = 1,0043 e r2 = 0,88) a partir de T e de n/N. Para dados da EMA, essa estimativa pode ser obtida a partir da Qg, com a relação Rn= 0,574Qg, que na validação com dados independentes, apresentou excelentes resultados (b = 0,9994 e r2 = 0,9073). Segundo, após essas análises preliminares, efetuou-se a estimativa da ETo a partir dos dados das duas estações, empregando-se os três métodos. De modo geral, foi observada tendência de melhores estimativas da ETo a partir de dados da EMA em relação à EMC, por qualquer dos métodos, com valores menores (≅ 18%) nas estimativas a partir da EMC. Essa tendência foi reduzida quando se utilizou estimativa da Rn pelos modelos de regressão linear. Tomando-se como referência os dados da EMA, o método de Penman estimou bem a ETo no período seco (b = 1,0589 e r2 = 0,9013). No entanto, no período úmido a superestimativa média foi de 31% (b = 1,3108 r2 = 0,9143). O método de P-T, apresentou resultados semelhantes aos de Penman quando utilizou-se α =1,26, sugerido como padrão. Porém, com α =1, no período úmido, e igual a 1,33 no período seco, houve excelente estimativa de ETo, com b = 1,028 e r2 = 0,91. O método de P-M foi o que apresentou as melhores estimativas de ETo, considerando-se o período integral da análise. Porém, analisando-se distintamente os períodos úmido e seco, observou-se resultados diferentes aos demais métodos, ou seja, superestimativa no período úmido de 14% e subestimativa de 10% no período seco. Empregando-se a este método a estimativada relação rc/ra sugerida por Pereira et al. (1998), observou-se melhoria nas estimativas de ETo no período úmido (b = 0,9977 e r2 = 0,90); porém, piora no período seco, que passou a ter subestimativas da ordem de 27%.Terceiro, para a estimativa da ETo a partir da EMC, os melhores resultados foram obtidos estimando-se a Rn pelo método da regressão linear e a ETo pelo método de Penman, para o período integral; pelo método de P-M com rc/ra por Pereira et al. (1998), para o período úmido; e pelo método de Penman, para o período seco. Para as estimativas a partir de dados da EMA, os melhores ajustes aos dados de ETo medidos foram com o método de P-M com rc/ra segundo Smith (1991) para o período integral; com o método de P-M com rc/ra segundo Pereira et al (1998), para o período úmido; e com o método de P-T α = 1,26) ou Penman para o período seco. |