Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Cerutti Junior, Crispim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-21062007-151653/
|
Resumo: |
Os diversos aspectos da cadeia de transmissão da malária autóctone são importantes para o estabelecimento de estratégias de intervenção. Entre abril de 2001 e março de 2004, 65 pacientes e 1.777 habitantes foram avaliados em nove municípios da região montanhosa do Espírito Santo. Foram realizados: gota espessa, esfregaço fino, PCR Multiplex, reação de imunofluorescência indireta (IFI) para detecção de anticorpos contra antígenos de estágios eritrocitários de Plasmodium e ELISA para detecção de anticorpos contra peptídeos sintetizados a partir da porção repetitiva da proteína circunsporozoíta (CSP) das variantes de P. vivax e do P. malariae. Foram capturados anofelíneos no peridomicílio, com pesquisa, por PCR Multiplex, de DNA de Plasmodium. O mesmo foi pesquisado também em alguns símios locais. Os pacientes tinham 35,11 + 16 anos, em média. A maioria era do gênero masculino (51 ou 78,5%), 42 (64,6%) residiam em área rural, 23 (35,4%) eram agricultores e oito (12,3%) estudantes. Não houve viagens relevantes. Sessenta e dois (95,4%) nunca haviam tido malária. Vinte e quatro (36,9%) declararam ter entrado na mata. Predominaram a febre, a cefaléia e os calafrios. A febre era episódica em 63 (96,9%), a cada 48 horas em 48 (73,8%) e a cada 24 horas em 15 pacientes (23,1%). O baço foi impalpável em 26 (42,6%). Foi evidenciado o P. vivax em 47 de 48 pacientes e o P. malariae naquele restante, por características morfológicas e pela PCR Multiplex. Esta foi positiva para P. vivax em 45 dos 48, para P. malariae em um e negativa em dois. A IFI foi positiva, para P. malariae, em seis de sete testados, para IgM, e em todos os sete para IgG. Para o P. vivax, entre 50, 47 (94%) foram positivos para IgM e 48 (96%) para IgG. Entre 50 pacientes, pelo ELISA, 25 (50%) tinham anticorpos contra variantes do P. vivax ou contra o P. malariae. As freqüências individuais foram: 22 (44%) para a VK 210, 11 (22%) para a VK 247, 10 (20%) para o P. vivax-like e 10 (20%) para o P. malariae. Entre 253 amostras dos habitantes testadas na IFI para o P. malariae, o resultado foi positivo em 15,8% (40/253) para IgM e em 44,6% (113/253) para IgG. Para o P. vivax , em 1.701, foram 6,2% (105/1701) para IgM e 37,7% (641/1.701) para IgG. Foram detectados anticorpos contra a CSP em 615 de 1.702 amostras (36,1%). Foram 433 (25,4%) para a VK210, 258 (15,1%) para P. malariae, 108 (6,3%) para a VK 247 e 182 (10,7%) para P. vivax -like. A PCR Multiplex, em 1.527 amostras, detectou P. vivax em 23, P. malariae em 15, P. falciparum em nove e P. falciparum e P. malariae em um. Entre 785 espécimes de anofelíneos, com 10 espécies, foi encontrado DNA de P. vivax em um conjunto de exemplares de A. evansae. O P. malariae/brasilianum foi identificado pela PCR Multiplex em dois de cinco símios da região, em um também pelo esfregaço fino. Existem dois possíveis cenários para a transmissão. No primeiro, ela seria inter-humana, com vetores Nyssorhynchus secundários. Em um segundo, viria do reservatório símio, por indivíduos adentrando o ambiente florestal. |