Análise de custo-efetividade do tratamento da hepatite C crônica genótipo 1: comparação da adição do boceprevir a terapia padrão (interferon-α peguilado e ribavirina)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maia, Sarah Cristina Oliveira Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-16062015-140318/
Resumo: A hepatite C afeta cerca de 150 milhões de pessoas no mundo e é a razão mais comum de transplantes de fígado. A erradicação viral, por meio de tratamento medicamentoso, é a única intervenção que pode deter a progressão da doença, reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Em 2011, foi aprovado o boceprevir, um inibidor de protease, que passou a ser adicionado à terapia padrão dupla (interferon peguilado e ribavirina) pelo Protocolo Clínico brasileiro para tratamento de Hepatite C genótipo 1 em pacientes com grau de fibrose maior que F2. Devido ao alto custo de aquisição deste medicamento e à produção cada vez maior de novas tecnologias para essa área terapêutica, foi proposta essa pesquisa que tem como objetivo analisar o custo-efetividade da terapia tripla em relação à terapia dupla, no tratamento da hepatite C crônica genótipo 1 em pacientes virgens de tratamento para todos os graus de fibrose. Para tanto, foi construído um modelo de Markov com 15 estados de saúde representando a história natural da Hepatite C crônica. O modelo seguiu uma coorte hipotética pela vida toda, em que os custos foram expressos em Reais e os desfechos em anos de vida ganhos. A perspectiva adotada foi a do SUS. A RCEI calculada, com taxa de desconto de 5% para custos e desfechos, foi R$ 201.504,92 por ano de vida ganho. Considerando um limiar de custo efetividade de 3 vezes o valor do PIB per capita, segundo recomendação da OMS, a adição do boceprevir não foi custo-efetiva no tratamento de pacientes virgens em todos os graus de fibrose. Pela análise de sensibilidade, nenhuma variável teve grande impacto na RCEI, exceto quando a taxa de desconto aplicada em desfechos foi zerada, em que a terapia tripla passou a ser custo-efetiva.