Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Vabo, Izabella Liguori Corsino
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Orientador(a): |
Ferreira, Lincoln Eduardo Villela de Castro
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Banca de defesa: |
Barbosa, Kátia Valéria Dias
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/865
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Resumo: |
Mundialmente a hepatite C crônica é uma das principais causas de hepatopatia crônica. No mundo ocidental, representa a principal causa de cirrose hepática, carcinoma hepatocelular e indicação de transplante hepático. Atualmente, o tratamento utilizado consiste na utilização de interferon alfa peguilado e ribavirina associado ou não aos novos inibidores da protease por 24 a 48 semanas dependendo do genótipo e do grau de fibrose hepática. Além da eficácia longe do ideal, o tratamento da hepatite C crônica é repleto de eventos adversos destacando-se os transtornos neuropsiquiátricos, sobretudo o episódio depressivo. No Brasil existem poucos estudos a respeito da incidência deste episódio na terapia dupla. Diante disso, a proposta deste estudo foi verificar a incidência e os fatores associados ao surgimento de episódio depressivo em pacientes com hepatite C crônica submetidos à terapia antiviral com Interferon peguilado alfa 2a ou 2b e ribavirina, além de avaliar o impacto do surgimento deste episódio sobre a resposta virológica sustentada. Foram incluídos 32 pacientes com Hepatite C Crônica, submetidos à terapia dupla em seguimento regular no Ambulatório de Hepatologia do Serviço de Gastroenterologia do HU/CAS-UFJF, no período de junho de 2012 a junho de 2014. A HADS (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão) foi utilizada para rastreamento do episódio depressivo, aplicada no baseline e nas semanas 4, 12, 24, 48 e 4 semanas após a interrupção da terapia. O diagnóstico de episódio depressivo foi estabelecido nos pacientes com HADS ≥ 9. Estes foram submetidos ao BDI-II (Inventário de Depressão de Beck) para graduação do episódio depressivo em nível mínimo, leve, moderado e grave. Variáveis clínicas, laboratoriais, histológicas e sócio- demográficas de interesse foram obtidas. Destes pacientes, 25% desenvolveram episódio depressivo sendo o pico de incidência observado na semana 12 de terapia antiviral. O episódio depressivo foi moderado em 87% dos pacientes. Não foi possível identificar preditores de episódio depressivo. A taxa de resposta virológica sustentada foi 75% e 67% nos pacientes com e sem episódio depressivo, respectivamente (p = 0,66). Os resultados permitem concluir que a incidência de episódio depressivo em portadores de hepatite C Crônica submetidas a terapia antiviral é elevada; não foi possível demonstrar fatores relacionados ao aparecimento deste; a presença de episódio depressivo não influenciou a taxa de resposta virológica sustentada. |