Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Freires, Priscila Vitor Alves Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-13102021-090735/
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Resumo: |
Introdução: Após o nascimento de um bebê, são realizadas medidas antropométricas, como peso, comprimento e perímetro cefálico. Especificamente o peso de nascimento é considerado como diretamente relacionado às características do futuro crescimento e desenvolvimento da criança. A partir de referenciais já publicados, de acordo com a Idade Gestacional (IG), esses parâmetros antropométricos são avaliados como adequados ou não e podem ser importantes preditores da saúde e dos cuidados que o recém-nascido (RN) irá demandar. Há mais de meio século, curvas referenciais de crescimento têm sido propostas e utilizadas. Atualmente, estão entre as mais utilizadas a proposta por Fenton e Kim e a produzida pelo estudo INTERGROWTH-21st. Na literatura encontra-se uma diversidade de estudos comparando essas curvas de crescimento, analisando sua adequação. Partindo dessas premissas e visando contribuir para este tipo de análise e discussão acerca dos referenciais de crescimento intrauterino, mormente para os recém-nascidos de termo, que representam a grande maioria dos nascimentos, optou-se por avaliar os dados de antropometria ao nascimento de um universo de recém-nascidos de termo, resultantes de gestações de baixo risco, filhos de mães adultas jovens residentes em um município brasileiro de elevado Índice de Desenvolvimento Humano e com cobertura praticamente universal de saneamento básico. Objetivo: Analisar as medidas antropométricas ao nascimento de RN a termo, nascidos de mães adultas jovens, em uma cidade de elevado IDH, no período de maio de 2015 a março de 2018. A partir desses dados, buscou-se compará-los com as curvas propostas pelos estudos de Fenton e Kim e INTERGROWTH-21st, incluindo a mediana e os percentis 10 e 90 de cada parâmetro, segundo o sexo e IG. Metodologia: Estudo descritivo e analítico, quantitativo, com coleta retrospectiva de dados provenientes do Hospital Universitário de Taubaté, das crianças nascidas entre maio de 2015 e março de 2018. Dados foram tabulados e analisados, calculadas medidas de tendência central e dispersão por grupos de análise. Calculadas curvas de regressão não linear e, posteriormente, comparadas com os referenciais com escore Z. Resultados: No período elegido ocorreram 6757 nascimentos vivos; destes, foram incluídos no estudo 3908. Verificou-se um predomínio do sexo feminino e em relação à IG, a maioria foi de RN de termo pleno com predomínio de partos vaginais, exceto para os termos tardios. Quanto ao peso, mais de 90% com peso adequado para a IG. O incremento de peso foi de aproximadamente 100g por semana e no comprimento de 0,4 a 0,5cm por semana. Ao serem comparados os parâmetros antropométricos, em relação à via de parto, encontramos bebês mais leves, menores em comprimento e perímetro cefálico, para via vaginal. Em relação ao sexo, ambos se concentraram com IG de termo pleno, o sexo masculino com valores ligeiramente maiores nos três parâmetros analisados. Na comparação com o referencial de Fenton e Kim, o peso e PC apresentaram valores acima do referencial na 37ª semana e a seguir valores abaixo, enquanto o comprimento desde a 37ª semana apresentou-se abaixo do referencial. Quando comparado com os gráficos do INTERGROWTH-21st, o peso apresenta-se com valores maiores que o referencial até 40ª semana em todos os percentis, diferente do comprimento, onde praticamente todos os valores estão abaixo do referencial, os dados do PC, nos percentis 50 e 90, apresentam-se maior que o referencial, em quase todas as IG. Conclusão: RN de termo, de gestações de baixo risco de mães adultas jovens, apresentam valores de antropometria ao nascimento diferentes dos propostos pelos referenciais de Fenton e Kim e do estudo INTERGROWTH-21st. No que se refere à tendência de evolução dos escores Z (percentis) entre as idades gestacionais referidas como de termo (37ª até 41ª semana), tanto para o peso quanto para o comprimento e o perímetro craniano ao nascer, ela é sempre decrescente, indicando uma velocidade de crescimento menor do que a previsível a partir das curvas de referência. Encontraram-se menores diferenças entre os valores absolutos de peso, de comprimento e de perímetro craniano ao nascer, com os respectivos valores indicados pelo referencial do INTERGROWTH 21st. Ficando evidente a impossibilidade de existir uma única curva referencial universal, sendo necessária uma compreensão crítica para a sua utilização. Os resultados deste estudo não invalidam os referenciais, mas podem contribuir para que sejam utilizados de forma mais adequada e consistente. |