Associação entre razão peso-comprimento baixa ao nascimento e hospitalizações no primeiro ano de vida: um estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Comin, Rafaela Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-01122022-115923/
Resumo: A população infantil está exposta a inúmeros fatores ambientais, sociais e econômicos que podem interferir na saúde, levando a necessidade de cuidados em âmbito hospitalar. O risco de internação em crianças com menos de cinco anos de idade pode ser maior quando relacionado ao sexo masculino, baixa renda, ordem de nascimento, exposição ao tabaco, local de residência (rural, urbano), desmame precoce, desnutrição, idade da mãe, menor grau de instrução materna, maior densidade domiciliar e baixo peso ao nascer. O peso isoladamente e, portanto, baixo peso ao nascer, não reflete adequadamente a composição corporal neonatal, dessa maneira, no presente estudo queremos aprofundar o conhecimento, inserindo a razão peso/comprimento (kg/m) na análise de preditores de internações durante o primeiro ano de vida, pois independentemente de ser recém-nascido prematuro ou não, conhecer sua composição corporal torna-se essencial para conhecer as possíveis morbidades a serem enfrentadas e entender como a saúde desde o período intrauterino passando pelo nascimento pode afetar a saúde em outras fases da vida. O objetivo primário deste projeto é investigar se a razão peso/comprimento baixa ao nascer está associada com internações hospitalares no primeiro ano de vida, independente de outros fatores perinatais. Trata-se de estudo observacional em uma coorte de nascimento iniciada em 2010 nas cidades de Ribeirão Preto/SP e São Luís/MA e acompanhada a partir do segundo ano de vida (2011/2013). A variável desfecho foi a internação no primeiro ano de vida, obtida na entrevista do questionário do segundo ano de vida. As variáveis independentes também colhidas através de entrevista ao nascer foram os fatores sociodemográficos maternos e gestacionais e do recém-nascido. Dentre os fatores do recém-nascido, estudamos a razão peso/comprimento, calculada pela divisão do peso (em kg) pelo comprimento (em m), e convertida em percentil de acordo com o padrão Intergrowth 21st, considerada baixa quando < percentil 3. Através do estudo, foi observado que a razão peso/comprimento baixa foi associada a risco 2,6 vezes maior de internação no primeiro ano de vida, ajustado para tabagismo na gestação, hipertensão arterial na gestação, pré-natal e cidade.