Estudo morfo-anatômico da madeira, casca e folha de duas variedades vicariantes de Sclerolobium paniculatum Vogel (Leguminosae, caesalpinioideae) de mata e cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Pereira, Benedito Alisio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-112750/
Resumo: Neste trabalho é apresentado um estudo morfo-anatômico da madeira, casca e folhas de duas variedades vicariantes de Sclerolobium paniculatum Vogel (Leguminosae, Caesalpinioideae): rubiginosum (da mata) e subvelutinum (do cerrado). Os estudos foram realizados em amostras procedentes de 5 árvores de cada variedade, obtidas na Reserva Ecológica do IBGE (Brasília/DF, Brasil). As amostras foram analisadas em seus aspectos qualitativos e quantitativos, através das técnicas usuais de corte, coloração, montagem, contagem e mensuração. A madeira das duas variedades apresenta as seguintes características anatômicas: parênquima axial escasso, paratraqueal vasicêntrico, escasso; poros de distribuição difusa, de seção ovalada a circular, solitários e múltiplos de até 6; placas de perfuração simples; apêndices ausentes ou presentes em uma ou em ambas as extremidades; pontuações intervasculares alternas, poligonais a ovaladas; raios homogêneos, predominantemente unisseriados, freqüentemente com concreções silicosas; fibras libriformes, às vezes intrusivas. As análises comparativas mostraram que a madeira da variedade do cerrado, possui vasos mais curtos, mais estreitos e em menor número por área; pontuações inter e radiovasculares mais estreitas; raios mais largos; fibras mais largas e de paredes mais espessas; densidade básica e fração parede mais altas. A casca interna é bem desenvolvida, possui liber duro muito fibroso; fibras libriformes; elementos crivados muito inconspícuos; raios homogêneos, unisseriados, predominantes. A casca mediana possui raios muitos largos e muitas células pétreas. A casca externa possui camadas acumuladas de periderme; o felema é rico em células pétreas. Não foram observadas diferenças estruturais na casca da variedade do cerrado em relação à da mata. As folhas são compostas, alternas paripinadas; raque pilosa. Folíolos opostos, pilosos, assimétricos, de margem inteira; nervação camptódroma eucamptódroma. Epiderme uniestratificada; tricomas simples, unicelulares; estômatos paracíticos; mesofilo dorsiventral; nervuras maiores ricas em tecidos mecânicos. As análises comparativas mostraram que a variedade do cerrado, possui folhas mais curtas, folíolos menores e com maior índice de esclerofilia, células epidérmicas menores, pilosidade mais abundante na face abaxial, cutícula mais espessa, maior frequência de estômatos, estômatos menores e ainda mesofilo mais espesso. Embora estruturamente semelhantes, as variedades apresentam diversos caracteres diferenciais de natureza quantitativa, provavelmente devidos as influências do meio em que essas plantas se desenvolvem.