Comportamento morfofisiológico de mudas de Sclerolobium paniculatum Vogel sob sombreamento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: CONCEIÇÃO, Alessandra Cunha da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/MPEG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Resumo: O desmatamento é fato marcante da realidade amazônica, ocasionando diversos impactos negativos à região. O reflorestamento tem sido apontado como uma das alternativas para diminuir esses impactos. No entanto, para obter êxito em processo de reflorestamento, é necessário ter o conhecimento do comportamento de certas espécies diante de variáveis ambientais, como a luz. Essas variáveis irão influenciar diretamente a qualidade das mudas produzidas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o comportamento morfofisiológico de Sclerolohium paniculatum Vogel sob níveis de sombreamento visando contribuir para a determinação do nível ideal de sombreamento para produção de mudas. O estudo foi conduzido em casa de vegetação do Laboratório de Ecofisiologia Vegetal da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém do Pará. Aos 88 dias após a semeadura, cinco mudas foram utilizadas para coleta de dados iniciais de crescimento para avaliação das variáveis, altura, diâmetro do coleto, área foliar e massa seca do caule, da raiz e das folhas. Em seguida as plântulas foram distribuídas sob telas pretas de polipropileno (Sombrite) ajustadas para proporcionar os seguintes níveis de sombreamento: 25%, 50% e 75% de interceptação de luz solar direta. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco plantas e três tratamentos, totalizando 45 unidades experimentais. Foram realizadas três avaliações com intervalos de 20 dias, totalizando 60 dias de exposição das plantas aos tratamentos. Os parâmetros avaliados foram altura da planta (AP) e diâmetro do coleto (DC), massa seca das folhas (MSF), massa seca do caule (MSC), massa seca da raiz (MSR) e massa seca total (MST), razão altura da planta e diâmetro (AP/DC), razão parte aérea e sistema radicular (PA/SR), razão altura da planta e massa seca da parte aérea (AP/MSPA), comprimento caulinar específico (CCE), razão de massa de folha (RMF), razão de massa de caule (RMC), razão de massa de raiz (RMR), área foliar (AF), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE), índice de qualidade de Dickson (IQD) e a taxa de crescimento relativo (TCR). Os dados foram submetidos às análises estatísticas. Observou-se efeito significativo da interação entre tempo e níveis de sombreamento para os parâmetros AP, MST, RAF, AF e TCR. No entanto, o DC, IQD, CCE, RMC e AFE foram afetados apenas pelos níveis de sombreamento. Todos os parâmetros analisados foram influenciados pelo tempo. Sclerolobium paniculatum, quando submetida a diferentes níveis de sombreamento, demonstrou ser uma espécie que possui capacidade de tolerar esses ambientes durante sua fase inicial de crescimento. Tal capacidade foi observada pelas alterações morfofisiológicas como aumento da AFE, maiores TCR e produção de biomassa nos ambientes mais sombreados, o que pode ser bom indicativo para produção de mudas. O sombreamento mais indicado para produção de mudas desta espécie foi o de 50%.