Efeito da adição do antioxidante BHT e do armazenamento sobre a qualidade da farinha de carne e ossos para frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Racanicci, Aline Mondini Calil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-124343/
Resumo: Atualmente, a farinha de carne e ossos (FCO) vem sendo utilizada com grande freqüência nas formulações de rações para frangos de corte como fonte de fósforo, e contribuindo com cálcio, aminoácidos e energia, reduzindo consideravelmente os custos de alimentação. No entanto, a fração lipídica da FCO que contribui com grande parte da energia é muito suscetível à rancidez oxidativa, um processo muito rápido e destrutivo, que provoca mudanças organolépticas e nutricionais da farinha, destruindo ácidos graxos insaturados, vitaminas e outros compostos, além de representar riscos à saúde animal. Neste trabalho acompanhamos o armazenamento da FCO em uma fábrica de rações e as alterações na sua qualidade no decorrer do tempo através de análises periódicas do índice de peróxidos (IP). Procuramos avaliar também a eficácia da adição do antioxidante BHT na FCO armazenada e determinar o tempo máximo decorrido entre a fabricação da farinha e o seu tratamento com antioxidante, de forma que este ainda forneça a proteção necessária. Utilizamos um lote de 400 kg de FCO adquirido de um fornecedor local, que foi armazenado durante 10 semanas numa fábrica de rações em um ambiente constantemente monitorado. Este lote foi dividido em 6 sub-lotes, sendo um não tratado (CONTROLE) e os outros cinco tratados com antioxidante BHT (500 ppm) em diferentes tempos de armazenamento (adição do BHT no dia 0: BHT/0, no dia 7: BHT/7, no dia 14: BHT/14, no dia 21: BHT/21 e no dia 28: BHT/28). A partir da 4ª semana de armazenamento, foi conduzido um experimento com frangos de corte que foram alimentados com rações contendo as FCO armazenadas. As rações, à base de milho e farelo de soja e contendo cerca de 4% de FCO, foram fornecidas a 1.440 pintos de um dia de idade durante 42 dias. Os animais foram distribuídos num delineamento em blocos casualizados, com 6 tratamentos e 6 repetições. Os resultados obtidos para peso vivo (PV), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR), conversão alimentar (CA), mortalidade + refugagem (MR) e fator de produção (FP) foram submetidos a análise da variância e as médias dos tratamentos foram comparadas ao CONTROLE através do teste de Dunnet. O IP máximo encontrado na FCO armazenada foi de quase 80 meq/kg no tratamento CONTROLE. Apesar da presença desta farinha nas rações, o nível de peróxidos resultante (0,3 meq/kg de ração) aparentemente não foi suficiente para causar prejuízos às aves. Os resultados médios de PV (2,6 kg), GP diário (61,0 g), CR (4,50 kg), CA (1,75), em geral, não foram afetados pelos tratamentos (P<0,05), indicando que o uso da FCO oxidada, bem como das FCO protegidas pelo BHT, não afetaram o desempenho das aves nas condições deste estudo.