Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Ramin, Alessandra Zola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-09032015-075231/
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Resumo: |
Uma população do opilião Serracutisoma pseudovarium utiliza a Pousada Esquilo do Parque Estadual Intervales (PEI), São Paulo, Brasil, como abrigo. Os animais se escondem em frestas na edificação e saem à noite para forragear, principalmente pelas paredes da construção. Essa situação constituiu uma oportunidade única de se realizar um estudo detalhado de forrageio e uso do espaço por opiliões, sendo este o primeiro objetivo deste trabalho. Além deste local, também foram acompanhados mensalmente, ao longo de 15 meses, outros quatro locais do PEI: Pousada Onça-Pintada, Castelinho, Toca dos Meninos e Gruta Detrás. Em cada um destes locais (com exceção do Castelinho), os animais foram marcados individualmente e foram realizadas medidas corpóreas. Desta forma, foi possível efetuar também um estudo populacional, que constituiu o segundo objetivo deste trabalho. Para analisar o forrageio em detalhes, um croquis da edificação foi elaborado, no qual os animais foram anotados de hora em hora, ao longo de uma noite, em cada um dos meses de coleta. Além do posicionamento do animal, também foram registrados sua marca e o comportamento exibido no momento da observação. Assim, o terceiro objetivo foi realizar um estudo comportamental através de um etograma com dados obtidos em campo, ao longo do ano inteiro. No total, 380 indivíduos foram marcados, sendo 192 na Pousada Esquilo, população foco do estudo. Destes, 71 foram fêmeas, 71 foram machos e 50 foram jovens. O tamanho estimado da população, pelos modelos de Fisher-Ford e Jolly, variou de 36 a 95 indivíduos. A análise dos deslocamentos ao longo do forrageio mostrou que os animais mesclam uma estratégia de emboscada com períodos de deslocamento, em que podem encontrar ativamente uma presa. Não foram encontradas relações entre a frequência de utilização destas estratégias e o sexo, idade ou estado nutritivo/reprodutivo dos animais. Porém, o mesmo indivíduo tendeu a repetir a mesma estratégia em diferentes noites de forrageio. Da mesma forma, a direção do deslocamento tendeu a ser repetida, embora os animais não utilizem trilhas marcadas individualmente ou coletivamente. Etogramas obtidos com dados de campo são raros, e possuem a vantagem de não serem influenciados por fatores como maior densidade de animais e disponibilidade de alimento, comuns em estudos em cativeiro. A comparação de etogramas de machos, fêmeas e jovens não mostrou grandes diferenças de comportamento entre os grupos |