Estudo da Província Pegmatítica de Alto-Ligonha em Nacala Velha, Nordeste de Moçambique: uso de dados de sensoramento remoto e geofísicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Raimundo, Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-12122024-085413/
Resumo: Os pegmatitos da região de Nacala Velha estão inseridos no Complexo de Nampula, os quais representam extensão da Província Pegmatítica de Alto-Ligonha, situada na Província de Zambézia, Nordeste de Moçambique. O Complexo de Nampula possui forte estruturação NE-SW a ENE-SSW, sendo constituído por rochas metamórficas como xistos e anfibolitos diversos, gnaisses graníticos, tonalíticos e migmatíticos, com idades U/Pb entre a 1000 a 1090 Ma, os quais são intrudidos por granitos e pegmatitos de idades entre 650 e 450 Ma. Na região de Nacala Velha, as imagens de satélite (SRTM) destacam lineamentos estruturais mais rasos (NE-SW a NNE-SSW e ENE-WSW), enquanto os dados Geofísicos (magnetometria) destacam estruturas mais profundos e intermediárias (NE-SW a ENE-SSW; NW-SE e E-W), sugerindo fontes regionais em profundidade causadas possivelmente por rochas básicas a ultrabásicas ou anfibolitos. As imagens de satélite Planet (resolução espacial de 3 a 5 metros), destacam pegmatitos contendo Li, possuindo grande potencial para pesquisa deste elemento. Os corpos pegmatíticos possuem direção NE-SW, mergulhos intermediários (~45o), sendo tabulares a lenticulares, extensão de dezenas a centenas de metros e espessura métrica a dezenas de metros. São zonados, concordantes e discordantes das encaixantes. As mineralizações são de metais raros (Lítio, Tântalo, Nióbio, Ítrio) e minerais gemológicos (esmeralda, água marinha, morganita, turmalina, topázio e granada), incluindo também minerais cerâmicos (quartzo, feldspatos e micas).