Caracterização geológica e análise do potencial cuprífero em ocorrências na Província Pegmatítica da Borborema.
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34811 |
Resumo: | A Província Pegmatítica da Borborema (PPB) é reconhecida por compreender um complexo arcabouço geológico, abrangendo diversas litologias contendo um conjunto de pegmatitos mineralizados de interesse industrial e gemológico. No entanto, mesmo com o aumento nas atividades exploratórias e de pesquisa, poucas são as informações relativas às ocorrências de mineralizações cupríferas na PPB, visto que, não é comum a presença deste metal em pegmatitos e em suas rochas encaixantes. Dessa forma, este trabalho teve por intuito a realização de estudos geológicos através da caracterização de amostras coletadas na região, bem como a análise, tanto do ponto de vista petrográfico como de caracterização mineral, a fim de mapear, compreender o modo de ocorrência e padrão associado aos minerais portadores deste metal presentes na PPB. O estudo macroscópico e petrográfico identificou a presença majoritária de minerais de cobre de origem secundária, como malaquita (Cu2CO3(OH)2), azurita (Cu3(CO3)2(OH)2), crisocola Cu2-xAlx(H2-xSi2O5)(OH)4·nH2O e, ocasionalmente, sulfetos primários como bornita (Cu5FeS4) e digenita (Cu9S5), hospedados principalmente nos pegmatitos na forma de pátinas ou como infiltrações, resultantes de possíveis alterações supergênicas, ou ao longo das foliações nas rochas encaixantes da Formação Seridó ou Equador. Algumas dessas ocorrências foram confirmadas por meio da análise das fases minerais por DRX, incluindo minerais formadores de rochas. A análise por FRX evidenciou o teor de cobre alcançando 24,94% de CuO. Por meio do MEV-EDS, foi identificado a presença de sulfetos primários de cobre cortado por vênulas de malaquita, além da predominância de minerais de origem secundária preenchendo fraturas, na forma de cristais anédricos inclusos na matriz dos pegmatitos, ou ainda acompanhando a foliação ou fraturas em xistos e encaixantes aos pegmatitos. Foram gerados mapas magnetométricos e gamaespectrométricos da área investigada que, contando com o auxílio do mapa litológico, evidenciaram variações locais que permitiram delinear o contato entre grandes estruturas e segmentos orientados ao levar em consideração os altos e baixos valores de anomalias presentes. Ao integrar os resultados obtidos neste estudo, foram notadas semelhanças no padrão das mineralizações cupríferas, onde as fases minerais deste metal nos pegmatitos e encaixantes são resultados de processos químicos complexos e controles composicionais que depositaram às ocorrências na forma, principalmente, de minerais secundários. Os resultados obtidos nesta pesquisa são relevantes, visto que poderão ser tomados como base para trabalhos futuros de prospecção mineral relacionadas ao cobre na PPB. |