Análise do comportamento de condutores de transporte público e a relação com acidentes de trânsito: estudo de caso na cidade de Ribeirão Preto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Camargo, Diego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18143/tde-18112016-092245/
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo a respeito dos acidentes de trânsito envolvendo o transporte público urbano por ônibus e objetiva, principalmente, a relação dos acidentes versus comportamento dos condutores. Os dados utilizados, a partir do estudo de caso realizado na cidade de Ribeirão Preto-SP, têm duas origens: dados da operação do sistema (quantidade de horas operadas, quilometragem e frota) e dados gerados pelo monitoramento por câmeras. Este último tem como principais variáveis o comportamento dos condutores durante a condução dos veículos. Através de índices de exposição, utilizando as variáveis da operação do sistema, juntamente com os acidentes por linha, foi possível identificar quais as linhas com piores indicadores, ou seja, quais linhas merecem maior atenção na criação de intervenções ou campanhas para redução do número de acidentes. Foram tratados aproximadamente 72 mil dados e a partir dos dados extraídos e processados estatisticamente para obtenção das variáveis mais significativas com relação aos acidentes. A variável com maior peso foi a utilização de telefones celulares durante a condução e que tem alta utilização nos horários de pico, da ordem de 53% dos eventos ocorrem em horários de maior movimento de passageiros e de tráfego intenso. O tempo de utilização do celular durante a condução do ônibus é majoritariamente maior que 5 minutos, ou seja, 33% dos eventos mostram que os condutores utilizam o telefone celular por mais de 5 minutos. Criou-se uma taxonomia do comportamento dos condutores, baseando-se, principalmente, no banco de dados e tem como função instituir uma base teórica dos comportamentos, ajudando a descrevê-los e entendê-los. É dessa maneira que a segunda variável foi discutida. O avanço do sinal amarelo, com nível de significância alta, não representa em sua totalidade um comportamento decidido (decisões conscientes do condutor), mas algumas vezes comportamento involuntário (falhas e lapsos). Essa distinção de comportamento decidido ou involuntário é complexa, mas sabemos que decisões conscientes são mais frequentes. Este trabalho identificou quais as linhas que necessitam de intervenções e quais os problemas com o comportamento dos condutores, direcionando o operador do sistema de transporte às campanhas necessárias para redução dos acidentes, ou mesmo possibilitando outras empresas a replicarem as análises para a sua realidade operacional.