Sintomas depressivos em condutores e riscos no trânsito: traçando paralelos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Jesus, Renata Carvalho Macedo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181799
Resumo: A depressão é um transtorno de humor com alta prevalência e importantes repercussões. Os sintomas depressivos podem prejudicar funções executivas, o que eleva o risco em diversas atividades cotidianas. Além disso, as pessoas com depressão talvez experimentem falta de esperança de que as coisas melhorem, tenham sentimentos de que a própria vida não tem mais valor e até mesmo o pensamento de que seria melhor estarem mortas. A depressão pode, portanto, estar relacionada a comportamentos de maior exposição a riscos. O trânsito é uma área especialmente sensível a modificações nessa tendência. Este estudo teve como objetivo analisar o comportamento do condutor e verificar a possível associação entre a existência de indicadores de sintomas depressivos, em especial aqueles relacionados à falta de esperança, e a predisposição para assumir riscos no trânsito. Foi utilizada a Teoria da Homeostase do Risco como referencial na análise do processo de aceitação de determinado nível de risco. Participaram 141 condutores, com idades de 18 a 58 anos (M= 27; DP= 9,85), sendo 51,10% do sexo masculino. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Comportamento do Condutor (QCM); a Escala Baptista de Depressão (Versão Adulto) – EBADEP-A e; o Questionário Sociodemográfico, para obtenção de informações sobre o perfil dos participantes. Na análise dos dados, foi utilizada estatística não-paramétrica, com nível de significância de 0,05. Os resultados indicaram que, para a amostra analisada, a sintomatologia depressiva se mostrou positiva e significativamente correlacionada com o escore total do QCM (r=0,227; p˂0,05) e especialmente com as violações agressivas (r=0,239; p˂0,05). O fator desesperança também se correlacionou de forma positiva e significativa com o a predisposição para correr riscos no trânsito (r=0,192; p˂0,05). Pretende-se que os achados desta pesquisa contribuam para a ampliação do conhecimento sobre o comportamento humano na área de Psicologia do Trânsito e ofereçam subsídios para futuras pesquisas e intervenções.