Osteopontina como marcador de resposta à radioterapia e quimioterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço localmente avançado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Leitão, Glauber Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-12012009-162533/
Resumo: INTRODUÇÃO: Osteopontina (OPN) é uma glicoproteína presente em tecidos e fluidos orgânicos e envolvida em vários processos patológicos que incluem inflamação, proliferação celular, invasão da matriz extracelular, progressão tumoral e metástase. Em pacientes (pts) portadores de carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECCP), OPN tem sido associada a uma maior agressividade tumoral e empregada como marcador prognóstico. Nós investigamos o valor prognóstico e preditivo da OPN sérica em pacientes portadores de CECCP tratados de forma uniforme. MÉTODOS: Estudo longitudinal prospectivo de 47 pts portadores de CECCP localmente avançado e irressecável submetidos à quimioterapia e radioterapia. OPN sérica foi determinada pelo método ELISA (kit 1 com17 pts e kit 2 com 30 pts) com coleta realizada antes e após o término do tratamento e estudada a relação entre OPN, categorizada como alta ou baixa em relação ao valor mediano, e as características clínico-patológicas, resposta ao tratamento, sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP). RESULTADOS: A OPN sérica mediana dos pacientes determinada pelo kit 1 (em ng/ml) foi de 2,1 e 1,9 pré e pós-tratamento, respectivamente; no kit 2 (em ng/ml) foi de 69,5 e 87,9 pré e pós-tratamento, respectivamente. Pacientes portadores de tumores de orofaringe foram mais freqüentemente associados a baixos níveis séricos de OPN pós-tratamento, em comparação com outros sub-sítios (p=0,03). Observada tendência à associação entre os valores séricos baixos de osteopontina pós-tratamento e a resposta tratamento (p=0,06). Houve associação entre os valores elevados da osteopontina pós-tratamento e menor SLP (p=0,09, log rank), com medianas de 11,9 meses e 14,5 meses, conforme valores séricos de OPN pós-tratamento altos e baixos, respectivamente. Não houve associação dos valores séricos de OPN pré e pós-tratamento e a SG (p=0,19 e p= 0,10, respectivamente). CONCLUSÃO: Neste grupo de pacientes portadores de CECCP, sugere-se que OPN sérica baixa após a quimioradioterapia associa-se à resposta ao tratamento e melhor SLP.