Adaptação da agricultira familiar à aptidão física das terras: distribuição geográfica e fatores determinantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Diléia Santana dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-16042015-112003/
Resumo: A Agricultura Familiar brasileira constitui uma categoria diversificada e heterogênea que congrega um conjunto plural de detentores de posse da pequena e média propriedade e que produz parte significativa dos alimentos que vão à mesa das pessoas. A agricultura familiar normalmente concentra-se em locais de maior incidência de pobreza rural e em terras de baixo potencial produtivo, que por vezes, apresenta alto valor para a conservação. Essas características conferem uma capacidade de adaptação dos sistemas de produção familiares frente às restrições do meio físico. Esse contexto faz com que a agricultura familiar torne-se o foco do desenvolvimento de políticas públicas específicas e de estudos acadêmicos e institucionais. O objetivo desse trabalho foi analisar as principais características intrínsecas e extrínsecas da agricultura familiar através de avaliações das dinâmicas estabelecidas em torno da produtividade e do melhor aproveitamento das condições do meio físico. Primeiramente, fizemos um levantamento dessas características de interesse, mobilizando dados oficiais e de livre acesso, avaliando a correlação entre as variáveis através de estatística multivariada, nos seguintes contextos territoriais: nacional, regionais e estaduais. Posteriormente, avaliamos uma proposta de classificação territorial da agricultura familiar que se baseia na resposta produtiva às diferentes condições do meio físico, analisando a distribuição das características em cada classe produtiva. Nesta etapa, os valores municipais de produtividade (R$.ha-1) foram correlacionados com os valores de aptidão física das terras nos três contextos estudados (Estados, Grandes Regiões e Brasil), o que propiciou a classificação dos municípios em quatro classes: Alto desempenho, Baixo desempenho, Adaptado e Pouco Adaptado. As características da agricultura familiar em cada classe foram submetidas à Análise de Componentes Principais e à Análise de Variância com teste de comparação entre as médias. Os resultados mostraram que o método de classificação foi efetivo nos três contextos territoriais estudados, sugerindo que as políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar são de grande importância para a relativização das limitações do meio físico. E ainda, os fatores relacionados ao melhor aproveitamento das terras disponíveis, a inserção destas políticas em municípios mais desenvolvidos, com oferta efetivas de trabalhos fora das propriedades fomentam o melhor desempenho e adaptação produtiva na maioria dos contextos territoriais estudados.