Migrações e segurança: a fronteira Estados Unidos-México e a dinâmica da securitização da questão migratória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sobrino, Marcelo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-24012017-132200/
Resumo: A questão da securitização das migrações, enquanto problema de pesquisa, surgiu no contexto dos debates acerca da ampliação do conceito de segurança que tomou corpo no pós-Guerra Fria, dadas as grandes transformações que se sucederam a este evento-chave da política internacional contemporânea. No caso da fronteira Estados Unidos-México, este é um fenômeno que, de fato, pode ser observado desde o final dos anos 1970, tendo atingido o seu ápice no pós-Onze de Setembro. A partir deste cenário, o objetivo do presente trabalho de pesquisa é o de analisar a dinâmica da securitização dos fluxos migratórios no contexto da fronteira Estados Unidos-México; em especial, o caso dos imigrantes indocumentados, que são o alvo primário das práticas securitizantes. Para tanto, será empregado o ferramental teórico desenvolvido pela Escola de Copenhague; em especial, a teoria de securitização e o conceito de segurança societal. Ao final, buscar-se-á problematizar a questão, tendo-se em vista as reflexões desenvolvidas ao longo do trabalho, bem como avaliar as possibilidades de desenvolvimento da mesma, assumindo como pressuposto que o ideal seria a progressiva desecuritização do tema e a adoção de uma política migratória, por parte dos EUA, mais moderna, pragmática e humana, e que a questão da segurança fosse tratada separadamente, considerando a questão migratória mas sem elevá-la ao nível do excepcional, que é o que justifica a securitização, a qual tem um enorme potencial para gerar, nesta seara, graves consequências de caráter humanitário.