Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Gavioli, Camille Apolinario |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-02092009-113517/
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Resumo: |
O presente estudo discute os laços entre o tratar e o educar na obra freudiana. A partir da constatação de certa confusão entre tratar e educar, verificada por meio das publicações a respeito do assunto, bem como pelas queixas daqueles que se ocupam do tratamento e da educação, partimos do questionamento sobre a existência da proximidade entre essas duas posições e propusemos uma discussão que, por esse viés, pudesse ajudar a desfazer a mencionada confusão. A escolha por esse percurso revelase interessante porque as produções que discutem o assunto parecem sublinhar a diferença em detrimento da proximidade entre tratar e educar. Caracterizamos a proximidade em termos de tipos de laços diferentemente qualificados: um laço inicial denominado simbiótico, em que o educar é tomado pelo tratar, em termos de um fim instrumental, e essa relação, do ponto de vista do tratar, fica caracterizada pela complementaridade o tratamento analítico é definido a partir de expressões próprias ao campo do educar e o caráter profilático que por um longo período definiu o tratamento é atribuído à educação; o outro laço é definido a partir da distinção entre tratar e educar. Num percurso genealógico pelos textos freudianos, foi possível acompanhar a construção do tratar e o interesse específico de Freud pelo educar, bem como as conseqüências das mudanças que esse processo implica. A mudança de um tipo de laço para outro não se dá de uma só vez, e é resultado das reformulações na concepção do tratamento frente aos impasses que Freud vai encontrando. Nesta pesquisa, que aborda o tratar e o educar como práticas distintas, discutimos a questão da aplicação da psicanálise à educação e a forma rigorosa e cuidadosa como Freud aborda o assunto, questionando não só a possibilidade de uma intersecção entre psicanálise e educação, mas também o modo como tal relação poderia se dar. A partir desse ponto, foi possível dialogar com os textos que tomam tal intersecção predominantemente do ponto de vista da diferença, mas buscando fomentar, seguindo o próprio trajeto freudiano, outros modos de discutir o assunto, considerando a proximidade entre tratar e educar. Encerramos este estudo com a discussão da proximidade a partir da atribuição do estatuto de impossível, tanto para a psicanálise como para a educação. |