Avaliação em ratos do efeito do óleo da semente de romã (Punica granatum L.) sobre o perfil lipídico tecidual e sua influência sobre parâmetros bioquímicos em processos oxidativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Melo, Illana Louise Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-15052013-164913/
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi avaliar, em ratos, o efeito do óleo da semente de romã (PSO) sobre o perfil lipídico tecidual e sua influência sobre parâmetros bioquímicos em processos oxidativos. Foi realizada a caracterização do PSO, confirmando a presença do ácido punícico (PA; 55%) como ácido graxo majoritário e a alta concentração de fitosteróis (539mg/100g), bem como a presença de vitamina E (175mg/100g). O PSO apresentou-se dentro dos padrões de qualidade e a sua estabilidade oxidativa foi melhor em comparação ao óleo de linhaça. A suplementação de ratos saudáveis com o PSO, por via intragástrica durante 40 dias, não afetou o ganho de peso total e o peso dos tecidos muscular (gastrocnêmio) e adiposos (epididimal e retroperitonial). No entanto o PA foi metabolizado e incorporado na forma de ácido linoléico conjugado, sendo dose-dependete nos tecidos hepático, muscular, cardíaco, renal e adiposos. No cérebro, não foram observados ácidos graxos conjugados, mas as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentaram-se significativamente reduzidas nos animais suplementados com PSO, em relação ao controle. De modo geral, os resultados mostram que o PSO não provoca alterações no metabolismo lipídico e não participa do processo de inibição da oxidação em animais saudáveis. Em ratos submetidos ao estresse oxidativo hepático pelo tetracloreto de carbono (CCl4), a suplementação com PSO durante 21 dias não foi capaz de prevenir o quadro de estresse oxidativo, indicando que este óleo não tem efeito antioxidante utilizando esse modelo animal; embora a análise histológica tenha mostrado menores áreas lesionadas no parênquima hepático nos grupos tratados. Os resultados obtidos neste trabalho contribui com a literatura fornecendo mais informações a respeito do uso dos ácidos graxos conjugados, bem como do PSO em organismos saudáveis e submetidos à estresse oxidativo.