Alterações celulares e teciduais de Echinodermata em resposta ao parasitismo por moluscos eulimídios (Gastropoda: Eulimidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Araujo, Vinicius Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-09032015-121037/
Resumo: Assim como visto nos vertebrado, os invertebrados também possuem um sistema imune bastante complexo, apresentando respostas humorais e celulares. Esta última é a principal forma de defesa, envolvendo células amebóides móveis capazes de isolar e/ou eliminar material estranho. Em equinodermos, as células envolvidas nestas respostas são categorizadas como celomócitos, uma denominação genérica que engloba vários tipos celulares encontrados nas cavidades corporais e no tecido conjuntivo. Entretanto, além da função imune, são reportados como tendo outros papéis diversos, como excreção, digestão, transporte e estocagem de nutrientes e a síntese e deposição de fibras de colágeno e da matriz extracelular Não existe consenso sobre quais os papéis específicos desempenhados por estas células num organismo saudável e nem diante de um processo inflamatório. Assim, o presente trabalho foi realizado para caracterizar o processo inflamatório no espinho de Eucidaris tribuloides causado por sabinella troglodytes, um molusco ectoparasita no espinho. A primeira parte do trabalho traz a caracterização das células da cavidade celomática. Para investigá-las foi realizada uma abordagem integrada onde os celomócitos foram descritos por meio da utilização de células vivas, citoquímica e microscopia eletrônica de transmissão. Foram encontrados sete tipos celulares, sendo um novo e dois pouco conhecidos. Com esta abordagem inicial, foi possível obter as ferramentas necessárias para investigar o processo inflamatório. Para estudar o processo inflamatório no espinho de E. tribuloides, utilizou-se uma abordagem estrutural, combinando histologia, microscopia eletrônica de varredura e microtomografia computadorizada, assim como celular/molecular. Os dados indicam que a inflamação causada pelo molusco parece ser um evento local, que altera tanto a matriz orgânica quanto a calcária, mas parece não se propagar para a cavidade celomática do hospedeiro