Disponibilidade domiciliar de alimentos orgânicos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mooz, Edinéia Dotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-11122012-105324/
Resumo: A busca por alimentos provenientes de sistemas de produção sustentáveis, como por exemplo, os métodos orgânicos de produção é uma tendência que vem se fortalecendo mundialmente. Mudanças nos hábitos alimentares têm sido observadas, revelando a complexidade dos modelos de consumo e de seus fatores determinantes. Sendo assim, este estudo teve por objetivo descrever a disponibilidade domiciliar de alimentos orgânicos no Brasil. Utilizou-se como base de dados informações contidas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008- 2009), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre aquisições de alimentos e bebidas orgânicos. Os resultados revelam comportamentos distintos na aquisição de alimentos orgânicos entre os brasileiros, quando são discriminados de acordo com as regiões e situação do domicílio (urbano ou rural). Os valores de disponibilidade (média) domiciliar foram superiores entre as famílias residentes nas áreas rurais, notadamente entre as regiões Sul e Centro- Oeste. Nota-se a relação existente entre as condições socioculturais que privilegia a perspectiva ligada à renda, havendo tendência de aumento sistemático de alimentos orgânicos, conforme ocorre crescimento dos rendimentos. Os resultados revelam ainda que quanto menor o número de moradores por domicílio, independente da região, maior a disponibilidade alimentar de orgânicos. Em relação aos grupos alimentares, merece destaque a maior participação do grupo dos laticínios, principalmente entre as famílias residentes nas áreas rurais. Os dados relativos à disponibilidade per capita de energia e participação dos macronutrientes e micronutrientes oriunda dos alimentos orgânicos no Valor Energético Total - VET revelou reduzida contribuição para a totalidade das regiões brasileiras. Quanto às características sociodemográficas das famílias, verifica-se que com o aumento da renda registra-se crescimento na disponibilidade de orgânicos nos domicílios com chefe/responsável do sexo feminino. A maior propensão ao consumo é verificada entre pessoas mais velhas (60 anos ou mais) e com nível de escolaridade superior incompleto. Paralelamente, verificou-se a reduzida quantidade média disponível para a totalidade das famílias brasileiras.