Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Enes, Carla Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-09032006-164628/
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Resumo: |
O consumo de alimentos é influenciado por inúmeros fatores, entre os quais podem ser destacados os culturais, nutricionais, socioeconômicos e demográficos. Reconhece-se que, na medida em que esses aspectos favorecem a adoção de novos padrões alimentares, também poderão causar repercussões distintas sobre os níveis de atendimento das demandas nutricionais da população. Neste trabalho foi utilizada como base de dados parcela das informações (referentes à população das Regiões Norte e Sul), obtidas por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002-2003), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Dentre os objetivos da presente pesquisa destacam-se a análise da disponibilidade de energia e nutrientes, no âmbito dos domicílios. Visou-se também avaliar a participação dos grupos de alimentos e dos macronutrientes no Valor Energético Total - VET, bem como a variação dos mesmos segundo o rendimento mensal per capita e a localização do domicílio (rural e urbano). Para a elaboração das cálculos referentes ao conteúdo de energia e nutrientes, utilizou-se o software Virtual Nutri. Adotou-se como parâmetro para a avaliação da disponibilidade de vitaminas, minerais e fibras, os valores preconizados pelo Institute of Medicine (1997,1998, 2000, 2001, 2002). Quanto à avaliação do conteúdo de colesterol, adotou-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde - OMS (2003). As análises estatísticas foram viabilizadas por meio do software SAS (1999). Para a avaliação da disponibilidade de energia e nutrientes conforme o rendimento mensal per capita, foi adotado o modelo de regressão múltipla. Dentre os resultados, destaca-se a reduzida disponibilidade (média) de energia para as famílias moradoras nas áreas urbanas de ambas as regiões e um incremento do conteúdo energético à medida que crescem os rendimentos. Quanto aos macronutrientes, verificou-se uma relação inversa entre a participação dos carboidratos no VET e os rendimentos familiares. A contribuição dos lipídios para o VET apresentou tendência de crescimento, de acordo com o aumento da renda. Com relação aos micronutrientes, os resultados revelaram reduzida disponibilidade, nos domicílios, das vitaminas C, B6, B12, D, E, folacina, ácido pantotênico e dos minerais cálcio, zinco, cobre, manganês e iodo para a totalidade das famílias integrantes da pesquisa. Salienta-se que o conteúdo dos minerais ferro, selênio e fósforo se aproximou do valor (médio) preconizado, apenas para as famílias das áreas rurais. A disponibilidade de fibras se revelou muito inferior ao valor mínimo recomendado para as famílias de ambas as regiões analisadas. A disponibilidade de colesterol revelou forte associação com os rendimentos familiares. Destaca-se a expressiva presença desse elemento, notadamente, nos domicílios das famílias da Região Sul. Quanto à participação dos distintos grupos de alimentos no VET, destaca-se a reduzida contribuição energética das frutas, verduras e legumes para praticamente a totalidade dos grupamentos familiares. Foi identificada a indesejável contribuição - considerada excessiva - dos doces, açúcares e refrigerantes para o VET disponível para as famílias. |