Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Adele Sá Martins Belitardo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-07122023-101859/
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Resumo: |
A presente dissertação propõe pensar a relação entre festa e cidade, mais especificamente entre carnaval e Salvador, Bahia, através de três pontos de inflexão temporais, localizados nas décadas de 1920, 1950 e 1970; períodos que adensam inúmeras discussões e transformações importantes que atravessaram essas duas dimensões da vida na cidade, tanto aquela do urbano quanto do carnaval. O fio condutor da pesquisa é o trio elétrico, criado na capital baiana em 1951, entendendo existir nessa figura um adensamento de discussões consideradas fundamentais, abordando aqui suas implicações técnicas, estéticas e urbanas, especialmente para pensarmos as transformações reverberadas pelo objeto automóvel no espaço físico e usos socioculturais da cidade. Os três pontos de inflexão elencados para a pesquisa, para além de episódios isolados, funcionam como disparadores de questões, inseridos num panorama mais amplo e elástico de acontecimentos. São eles: 1) em 1920, o desfile pelo CORSO de automóveis, empreendido pelo industrial Henrique Lanat e sua família; 2) em 1951, a criação do trio elétrico FOBICA, pela Dupla Elétrica Dodô e Osmar; 3) em 1972, o desfile da CAETANAVE, homenageando a volta do exílio de Caetano Veloso, no contexto da ditadura militar. Desconfiamos que, no desafio de pensar por nebulosas (PEREIRA, 2018), ao friccionar essas diferentes camadas numa malha de acontecimentos mais ampla, pode-se fazer emergir tanto fissuras no predomínio de um urbanismo ordenador das cidades modernas, como fragilidades de uma festa que se pretende como inversora temporária da normalidade e cotidianidade da vida urbana. |