Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Elui, Valéria Meirelles Carril |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-23102017-150111/
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Resumo: |
A técnica de reabilitação denominada Movimentação Passiva Contínua (MPC) é um excelente recurso para a diminuição da dor, prevenção de aderências e redução de edemas, das articulações ou outros segmentos e tecidos esqueléticos, durante o processo de cicatrização de traumatismos ou operações cirúrgicas; apresenta grande potencial de emprego na reabilitação do pós-operatório da Cirurgia da Mão. O objetivo desse trabalho foi desenvolver um aparelho de MPC portátil, para uso em patologias e traumatismos da mão, baseado em modelos existentes em outros países, mas utilizando tecnologia nacional e de baixo custo. O aparelho foi desenvolvido em etapas, conforme os sistemas idealizados, que são: 1) sistema de movimentação, que consta do motor, caixa de engrenagens e haste de movimentação; 2) sistema de fixação ao antebraço, constante de órteses para a mão direita e esquerda; 3) sistema de fixação aos dedos, constante de uma haste curva e de peças de fixação distai à polpa digital; 4) sistema de alimentação e controle, constante de uma bateria recarregável e de comandos liga/desliga e de velocidade. O aparelho foi desenhado de modo a realizar a flexão e extensão em bloco dos dedos, ou a flexão e extensão em separado das articulações metacarpofalângicas ou das articulações interfalângicas proximais e distais. Os materiais empregados na confecção do aparelho foram: um micro-motor elétrico dotado de redutor, que fornece um ciclo completo do· seu eixo a cada 55 segundos; blocos de latão para a confecção das engrenagens e respectiva caixa, e das hastes de movimentação e fixação aos dedos; placas de plástico termo-moldável para a construção das órteses; placas de acrílico para construção dos receptáculos dos controles e do motor; e duas baterias recarregáveis de 6V, de telefone celular. Com exceção da bateria e do material plástico termo-moldável, todos os materiais eram de origem nacional. Uma vez desenvolvido, o protótipo foi testado em 30 mãos normais de adultos, tendo sido observado que ele é capaz de realizar a extensão completa das três articulações envolvidas, mas apresenta uma limitação dos últimos graus da flexão, qualquer que sejam os ajustes realizados. O aparelho foi também testado num paciente de reconstrução em dois tempos do aparelho flexor do dedo médio, a partir do 3º dia pós-operatório, tendo sido utilizado por 8 horas diárias, durante 10 dias, com o que observaram-se ausência de dor ou desconforto, redução do edema e cicatrização da ferida cirúrgica sem complicações. Tanto nas mãos normais como na mão operada, o desempenho do aparelho foi satisfatório, não tendo ocorrido intercorrências, mas seu peso final ( 1270 g) foi considerado um fator negativo. Concluiu-se que a confecção de um aparelho de Movimentação Passiva Contínua para a mão com tecnologia nacional é viável e que o protótipo construído apresenta características que possibilitam o seu emprego na reabilitação de processos patológicos e traumáticos da mão. |