Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Botasso, Maíne |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-15082014-154546/
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Resumo: |
Introdução: Dados epidemiológicos sobre prevalência de perdas auditivas em países em desenvolvimento são insuficientes para o planejamento e execução de programas efetivos, visando à intervenção, prevenção e promoção em saúde. Além disso, ações de saúde na atenção básica, bem como nos serviços de média e alta complexidade não dão conta de atender ou mesmo conhecer a demanda, também pelo fato de existir um número limitado de profissionais da saúde que cuidam da audição. Dentro deste contexto, faz-se necessária a adoção de técnicas ou procedimentos acessíveis às áreas carentes do país, que não contam com recursos financeiros para a aquisição de tecnologia ou recursos humanos que possibilitem a identificação, o mais precoce possível, de grupos de risco para alterações auditivas. Com o avanço da tecnologia, métodos de triagem auditiva à distância são possíveis, inclusive como facilitadores em áreas onde não há especialistas. Sendo assim, a criação e validação de protocolos de teleaudiologia são fundamentais para que possam ser utilizados dentro de programas de saúde rotineiros. Objetivo: avaliar a acurácia e a viabilidade de execução da teleaudiometria, comparando-a à audiometria por varredura, tendo como padrão ouro a audiometria tonal, em escolares do ciclo I do ensino fundamental. Método: Participaram do estudo 243 escolares, sendo 118 meninos e 125 meninas, com idade média de 8,3 anos. Foram realizados os seguintes procedimentos: triagem por teleaudiometria com fones TDH39, com software que avalia a audição automaticamente nas frequências de 1000, 2000 e 4000 Hz a 25 dBNA, triagem por varredura audiométrica em cabina acústica (nas frequências de 1000, 2000 e 4000 Hz a 20 dBNA) e pesquisa dos limiares auditivos por meio de audiometria tonal em cabina acústica (nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz). Resultados: Verificou-se que não existe associação entre os resultados normais e alterados nos testes auditivos e a variável sexo. Das 243 crianças que realizaram a audiometria tonal, 195 apresentaram limiares auditivos normais. Para a audiometria por varredura, 209 passaram e para a teleaudiometria, 188 passaram. Sendo assim, a habilidade diagnóstica dos métodos de triagem foi avaliada, encontrando-se os seguintes valores para teleaudiometria / audiometria por varredura: sensibilidade - 58% / 65%, especificidade - 86% / 99%, valor preditivo positivo - 51% / 91%, valor preditivo negativo - 89% / 92%, acurácia - 81% / 92%. A teleaudiometria e a varredura apresentaram concordância moderada pelo coeficiente Kappa. Além disso, foi avaliada a possibilidade diagnóstica de execução da teleaudiometria realizada em série ou em paralelo com a imitanciometria, indicando que a aplicação destes métodos em série melhora a especificidade e a aplicação dos testes em paralelo melhora a sensibilidade. Conclusão: Embora a audiometria por varredura apresente valores de sensibilidade e especificidade maiores, a teleaudiometria mostrou confiabilidade e viabilidade como método de triagem auditiva em escolares. Além disso, a teleaudiometria apresenta vantagens de aplicação em áreas remotas, onde não existe a disponibilidade de profissionais especializados e equipamentos específicos, o que pode reduzir custos em programas de triagem auditiva |